Para May, R. Unido entrará em território desconhecido se acordo for rejeitado
Londres, 6 jan (EFE).- A primeira-ministra britânica, a conservadora Theresa May, advertiu neste domingo que o Reino Unido entrará em um "território desconhecido" se o Parlamento rejeitar o acordo do "brexit" ao qual chegou com a União Europeia (UE), em entrevista à "BBC".
A chefe de Governo confirmou que tem a intenção de submeter o acordo à votação durante a terceira semana de janeiro, um voto que em dezembro adiou devido à falta de uma maioria parlamentar que o respalde.
"Se o acordo não for aprovado, vamos entrar em um território desconhecido. Não acredito que ninguém possa dizer exatamente o que ocorreria em termos da reação que veríamos no Parlamento", argumentou a primeira-ministra.
May insistiu que espera nos próximos dias obter novas garantias por parte da UE que outorguem "confiança" aos críticos ao pacto do mecanismo de salvaguarda para evitar uma fronteira da Irlanda do Norte não se transformará em um acerto permanente.
A preocupação em torno desse assunto é o principal ponto que levou o setor mais eurocético dos conservadores e seus parceiros do norte-irlandês Partido Democrático Unionista (DUP) a se opor ao acordo.
A primeira-ministra britânica insistiu, além disso, que é contrária à convocação de um segundo referendo sobre o "brexit", dado que seria uma "falta de respeito" ao resultado da consulta de junho de 2016, na qual 51,9% dos eleitores optaram por deixar a União Europeia.
May afirmou, além disso, que não resta tempo para organizar um referendo antes de 29 de março, a data marcada para a ruptura, por isso que essa opção obrigaria a atrasar o "brexit".
À espera de novas concessões por parte de Bruxelas que facilitem a passagem do acordo pela Câmara dos Comuns, a governante conservadora avançou que nos próximos dias anunciará novas "medidas" para tentar convencer os "tories" eurocéticos e do DUP.
Em primeiro lugar, prevê anunciar "medidas em relação com a Irlanda do Norte", e em segundo lugar revelará um plano para outorgar "um maior papel ao Parlamento" em relação com as futuras negociações sobre a relação comercial que estabelecerão Londres e Bruxelas após a saída britânica do bloco comunitário.
Na entrevista à BBC, May reiterou que não tem intenção de convocar eleições gerais antecipadas e disse, como já fez em dezembro, que não tentará a reeleição no pleito previsto para 2022. EFE
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