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Suíça realizará referendo sobre restrições à posse de armas

06/01/2019 13h09

Genebra, 6 jan (EFE).- Os cidadãos da Suíça, um dos países com mais armas per capita, irão às urnas em maio para votar em um referendo se aceitam uma nova legislação que restringe a posse de armamento, com a qual o Governo pretende se adaptar a medidas similares tomadas pela UE para lutar contra o terrorismo.

Segundo informou neste domingo a televisão nacional "RTS", esta legislação mais restritiva já foi aprovada pelo Parlamento suíço em setembro, mas os opositores à medida - caçadores, proprietários e amadores de armas, entre outros - obtiveram as 50 mil assinaturas necessárias para convocar um referendo e as entregarão ao Executivo federal para que dê início à consulta.

A União Europeia (UE) decidiu endurecer a legislação sobre armamento nos países-membros após os atentados terroristas de Paris em novembro de 2015, com 130 mortos, a fim de conter o comércio ilegal de armas e restringir o acesso às mais perigosas.

A Suíça, onde calcula-se que haja entre 2,5 e 3 milhões de armas de uso civil (cerca de 30 a cada 100 habitantes), é obrigada (por fazer parte da UE) neste ponto ao ser parte do Tratado de Schengen de livre circulação, por isso que teoricamente deve realizar similares mudanças legislativas neste ano.

A adoração pelo tiro esportivo e o fato de que os suíços, após realizar o serviço militar obrigatório, podem possuir as armas que usaram em suas casas explicam em parte o numeroso armamento per capita no país. EFE