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Corbyn acusa governo de "se esconder" e "fugir" a 3 meses do Brexit

07/01/2019 16h00

Londres, 7 jan (EFE).- O líder da oposição britânica, o trabalhista Jeremy Corbyn, acusou o governo de "se esconder" e "fugir" a menos de três meses para que o Reino Unido concretize a saída da União Europeia.

O político lembrou, na Câmara dos Comuns, que o Brexit, marcado para o dia 29 de março, é "algo que definirá o futuro" do país. Por isso, pediu ao governo da primeira-ministra, Theresa May, para que não seja algo decidido por "maquinações internas" do Partido Conservador.

Corbyn recriminou May por não responder à pergunta de urgência que apresentou hoje no Parlamento sobre o estado das conversas com a UE para melhorar o acordo proposto.

May enviou à Câmara o ministro para o Brexit, Steve Barclay, que respondeu às perguntas da oposição e afirmou que o pacto ao qual Londres e Bruxelas chegaram em novembro é "bom e necessário".

Barclay ressaltou as contradições que, segundo sua opinião, o Partido Trabalhista veio mostrando a respeito do processo de saída da UE nos últimos meses.

"Não sabemos qual é o plano dos trabalhistas, fora que se trata de uma completa contradição", disse o ministro, ao comentar que existe "confusão" com relação à posição de Corbyn.

O líder trabalhista classificou o acordo como "monstro de Frankestein" e considerou "caóticas" as preparações do governo para um suposto cenário de Brexit sem consenso.

Corbyn destacou que não existe uma maioria parlamentar que apoie um Brexit sem acordo e, por isso, pediu a May que deixe de perder "tempo e dinheiro" preparando esses planos.

A Câmara dos Comuns retomará nesta quarta-feira o debate sobre o tratado de saída, que será submetido a votação na próxima terça-feira, 15 de janeiro, mais de um mês depois da data inicial prevista para que fosse referendado. EFE