Hormônio produzido pelos músculos pode conter avanço do Alzheimer
Londres, 7 jan (EFE).- O hormônio irisina, que o corpo produz em maiores quantidades durante a prática de exercício físico, pode prevenir a perda de memória relacionada com o mal de Alzheimer, segundo uma pesquisa publicada nesta segunda-feira na revista "Nature Medicine".
Quando o corpo se exercita, o tecido muscular libera o hormônio irisina, que entra em circulação no organismo e é capaz de melhorar a capacidade cognitiva, segundo especialistas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (URFJ) e da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, que realizaram experiências em ratos com essa doença.
Os cientistas responsáveis pelo estudo, Ottavio Arancio, Sergio Ferreira e Fernanda de Felice concluíram que o aumento da irisina, assim como da sua proteína precursora FNDC5, reduzia o déficit de memória e aprendizagem em roedores com Alzheimer.
Os cientistas também observaram que, quando a aparição desta substância é bloqueada no cérebro dos ratos doentes, os efeitos cognitivos benéficos do exercício físico eram perdidos.
Os pesquisadores ainda afirmaram que, embora se saiba que o exercício melhora as capacidades cognitivas e atrasa a progressão dos transtornos neurodegenerativos, são necessários estudos adicionais para compreender melhor como a irisina entra em ação e interage com o cérebro.
Além disso, indicaram que é preciso um maior conhecimento para avaliar se a proteína tem um efeito cognitivo benéfico similar nos humanos.
No entanto, destacaram que a recente descoberta pode abrir caminho para novas estratégias terapêuticas que sirvam para diminuir a deterioração cognitiva em pacientes com Alzheimer, uma doença para a qual não existe cura. EFE
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