Mulheres são principais vítimas do tráfico humano na América do Sul
Viena, 7 jan (EFE).- O tráfico humano na América do Sul tem como principal alvo as mulheres (82%) e seu destino mais comum é a exploração sexual, informou o Escritório da ONU contra a Droga e o Crime (UNODC) nesta segunda-feira ao divulgar o Relatório Global sobre Tráfico Humano 2018.
De acordo com os dados recolhidos, 55% das vítimas documentadas são mulheres adultas, enquanto 31% são meninas. Já nos casos masculinos, 12% são homens adultos e 6% meninos.
O relatório da ONU, com dados de 2016, indica que na maioria dos casos a vítima é explorada sexualmente (58%), seguida por trabalho forçado (32%).
A ONU afirma que "os países andinos reportam uma proporção particularmente grande no tráfico de crianças". Na Bolívia e no Peru, foram detectadas mais vítimas infantis do que adultas, enquanto no Equador os menores representam pouco menos da metade do total.
Argentina e Paraguai detectaram um número muito grande - cerca de 50% do total - de vítimas de tráfico para trabalhos forçados, enquanto esse número na Bolívia chegou a 30%.
Apesar de a forma mais conhecida de tráfico humano estar destinada à exploração sexual, outras vítimas trabalham em condições de escravidão em tarefas domésticas ou em setores como a pesca.
A ONU destacou que na Bolívia foram detectadas entre 2014 e 2017 170 vítimas de tráfico destinadas a adoções ilegais.
Enquanto isso, a maioria das vítimas na América do Sul são mulheres e dois terços dos detidos e condenados por esta nova forma de escravidão são homens.
A maior parte dos casos de tráfico humano ou dentro do país ou da própria região sul-americana, seguindo um padrão universal, desde zonas mais pobres para outras mais ricas.
O relatório analisou 24 mil casos documentados em 2016 em 142 países, e em nível global a exploração sexual (59%) continua sendo o crime mais frequente desta escravidão "do século XXI", seguido pelo trabalho forçado (34%).
Na América do Sul, foram detectados em 2016 cerca de 0,7 vítimas por cada 100 mil habitantes.
A ONU destaca que quase todos os países da região têm uma legislação específica sobre tráfico humano em linha com a legislação internacional. EFE
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