Papa classifica abusos a menores de "crime vil" e denuncia violência à mulher
Cidade do Vaticano, 7 jan (EFE).- O papa Francisco denunciou nesta segunda-feira os abusos sexuais a menores, muitos cometidos por clérigos, como "uma das pragas do nosso tempo", e os qualificou de "crime vil" em discurso ao corpo diplomático credenciado diante do Vaticano no qual também criticou a violência contra a mulher.
"Não posso me calar diante de uma das pragas do nosso tempo, que infelizmente envolve também vários membros do clero. O abuso contra os menores de idade é um dos piores e mais vis crimes possíveis", afirmou o papa.
"Destrói inexoravelmente o melhor que a vida humana reserva para um inocente, causando danos irreparáveis para o resto de sua existência", ressaltou Francisco.
O pontífice afirmou que "a Santa Sé e toda a Igreja estão trabalhando para combater e prevenir tais crimes e sua ocultação, para investigar a verdade dos fatos que envolvem eclesiásticos e para fazer justiça às crianças que sofreram violência sexual, agravada pelo abuso de poder e de consciência".
Francisco lembrou que em fevereiro convocou no Vaticano uma reunião com os episcopados de todo o mundo para abordar este problema e disse que o encontro "pretende cumprir mais um passo no caminho da Igreja para desvendar os fatos e aliviar os ferimentos causados por esses crimes".
O papa também criticou a violência contra as mulheres nas sociedades.
"Diante do flagelo do abuso físico e psicológico causado às mulheres, é urgente voltar a encontrar formas de relações justas e equilibradas, baseadas no respeito e no reconhecimento mútuo, nas quais cada um possa expressar sua identidade de maneira autêntica", afirmou.
No terreno dos direitos, Francisco denunciou também "outra praga de nosso tempo, as condições dos trabalhadores", e citou a perda de postos de trabalho, a perda de garantias sociais e econômicas e as condições de escravidão moderna, assim como o trabalho infantil. EFE
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