Gabão desperta em calma e sem internet após tentativa de golpe de Estado
Libreville, 8 jan (EFE).- A situação no Gabão é tranquila e a vida voltou à rotina nesta terça-feira, mas sem internet depois do aparente golpe de Estado frustrado realizado ontem por um grupo de militares para derrubar o presidente, Ali Bongo Ondimba, que está há mais de dois meses se recuperando de uma doença no Marrocos.
A capital Libreville, onde ontem um grupo de militares tomou a rádio estatal do Gabão para anunciar um aparente golpe de Estado, amanheceu hoje em calma e sem nenhum enfrentamento armado.
As aulas foram retomadas nos colégios, as lojas abriram normalmente e o trânsito é fluido nas ruas, mas a internet segue desativada hoje, mais de 24 horas depois que o governo ordenou seu corte.
Essa situação de calma difere da vivida ontem quando este grupo de militares, vestidos com as boinas verdes da guarda republicana, anunciou o estabelecimento de um "conselho nacional de restauração" a fim de "salvar do caos" o país africano, em uma aparente tentativa de golpe de Estado.
Pelo menos 10 pessoas participaram desta tentativa, frustrada pela intervenção da polícia militar, das quais oito foram detidas e postas à disposição da promotoria e duas abatidas durante a operação das forças de segurança, segundo informou ontem o porta-voz do governo, Guy-Bertrand Mapangou.
Entre os detidos está o líder desta tentativa, o tenente Kelly Ondo Obiang, que foi preso enquanto tentava fugir.
Obiang, à frente do até agora desconhecido Movimento da Juventude Patriótica das Forças de Defesa e Defesa do Gabão (MPJFDS), questionou a capacidade do presidente Ali Bongo para continuar no comando do país.
Bongo se encontra em Rabat, onde continua seu processo de recuperação desde que foi internado no último dia 24 de outubro na Arábia Saudita por "fadiga severa", segundo informou a presidência, apesar de alguns meios de comunicação terem assegurado depois que teria sofrido um derrame.
O presidente gabonês segue sem pronunciar-se publicamente sobre este incidente armado, cujo alvo era sua figura, mas segue a situação do seu país em uma residência privada em Rabat, segundo informaram à Agência Efe fontes da embaixada do Gabão em Marrocos.
A família Bongo governou esta pequena nação petrolífera da África - com pouco mais de dois milhões de habitantes - durante mais de cinco décadas, depois que Ali Bongo sucedeu seu pai em 2009. EFE
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