Países do Grupo de Lima proibirão entrada de integrantes do governo Maduro
Bogotá, 8 jan (EFE).- Os países que formam o Grupo de Lima decidiram adotar a medida anunciada ontem pelo Peru de não permitir o ingresso em seus territórios de pessoas ligadas ao governo liderado pelo presidente da Venezuela, Nicolás Maduro.
"Os governos que assinaram a declaração acertaram fazer uma avaliação constante do estado ou nível das relações diplomáticas com a Venezuela e impedir funcionários do alto escalão do regime venezuelano a entrar nos territórios dos países do Grupo de Lima", afirmou o ministro de Relações Exteriores da Colômbia, Carlos Holmes Trujillo, em entrevista coletiva.
O ministro de Relações Exteriores do Peru, Néstor Popolizio, anunciou ontem que o governo local proibiria a entrada de integrantes do governo venezuelano e seus familiares no país.
Na última sexta-feira, o Grupo de Lima decidiu não reconhecer o governo de Maduro, que toma posse para seu terceiro mandato como presidente na quinta-feira, por considerá-lo ilegítimo. O México também não assinou essa declaração do bloco.
O Grupo de Lima é formado pelos governos de Brasil, Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Guiana, Honduras, México, Panamá, Paraguai, Peru e Santa Lúcia.
Segundo o chanceler colombiano, outras medidas serão tomadas contra a Venezuela nos próximos dias. Uma delas é a elaboração de listas de pessoas físicas e jurídicas com as quais as instituições financeiras de cada país do bloco não poderão ter relações.
"Vamos pedir a outros membros da comunidade internacional que adotem medidas semelhantes às tomadas pelo Grupo de Lima contra o regime de Maduro para o restabelecimento da democracia", disse.
Sobre a decisão do México de não assinar a declaração, Trujillo disse que o Grupo de Lima recebeu com "consideração e respeito" a decisão do governo de Andrés Manuel López Obrador. O país, segundo o chanceler colombiano, ressaltou intenção de seguir no bloco.
A crise na Venezuela gerou um êxodo de pessoas. Segundo a Organização Internacional para as Migrações (OIM), três milhões de venezuelanos já deixaram o país. Do total, 2,5 milhões se concentram na Colômbia, Peru e Equador. EFE
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