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Ex-diplomata desertor pede que colega desaparecido na Itália seja protegido

09/01/2019 08h06

Seul, 9 jan (EFE).-. Um ex-diplomata norte-coreano que desertou à Coreia do Sul em 2016 pediu nesta quarta-feira ao Governo de Seul que proteja Jo Song-gil, o embaixador da Coreia do Norte interino na Itália desaparecido desde novembro e que poderia estar solicitando asilo em um terceiro país.

"Pedimos ao Governo sul-coreano que peça à Itália que garanta a segurança de Jo e de sua família e que assegure que têm vontade de vir livremente à Coreia do Sul", disse em entrevista coletiva Thae Yong-ho, que era encarregado de negócios na embaixada de Londres quando desertou ao Sul há mais de dois anos.

O pedido foi feito por um grupo que além da Thae inclui reputados desertores, acadêmicos, políticos aposentados e ativistas de direitos humanos e que solicita a Seul que garanta a proteção de Jo e de sua família, de acordo com o estipulado na Constituição sul-coreana.

A Carta Magna da Coreia do Sul considera o Norte da península parte do território nacional e seus habitantes como cidadãos da República da Coreia (nome oficial da Coreia do Sul).

Apesar do grupo defender a liberdade de escolha do diplomata desaparecido, o ex-encarregado de negócios na Embaixada de Londres pediu a Jo que escolha a Coreia do Sul como destino argumentando que para um funcionário norte-coreano que deserta é "mais uma obrigação que uma escolha" vir ao país vizinho.

Jo, de 48 anos, era o encarregado de negócios e estava à frente da embaixada norte-coreana desde outubro de 2017 após a decisão do Governo de Roma de expulsar Mun Jung-nam como embaixador como punição pelo teste nuclear realizado pelo regime no mês anterior.

Jo e sua família não voltaram a ser vistos desde o começo de novembro, poucas semanas antes da conclusão de sua missão na Itália no final desse mês.

Acredita-se que todos estejam escondidos na Itália e que solicitaram asilo em um terceiro país.

O Governo de Roma negou em 3 de janeiro que Jo tenha entrado com um pedido de asilo para ficar na Itália. EFE