Ex-ministro de Israel se declara culpado por espionar para o Irã
Jerusalém, 9 jan (EFE).- O ex-ministro de Israel de Energia e Infraestruturas entre 1992 e 1995, Gonen Seguev, se declarou nesta quarta-feira culpado de espionar para o Irã e de ajudar e passar mensagens a um país inimigo, por isso que será condenado a 11 anos de prisão após o acordo alcançado com a Promotoria.
"Hoje foi apresentado um acordo com a Promotoria de redução de pena no Tribunal de Distrito do Jerusalém", no qual Seguev "se declarou culpado de espionagem grave e de informar ao inimigo", informou o Ministério de Justiça em comunicado.
Como parte do acordo, acrescentou, "as partes acordaram que a pena seria de 11 anos de prisão".
Os argumentos a favor do acordo alcançado serão ouvidos em uma audiência marcada para 11 de fevereiro.
A Justiça acrescentou que neste caso foi aplicada "uma ordem de segredo de sumário sobre os detalhes", por isso que não serão reveladas mais informações neste etapa do processo, concretizou a organização ministerial.
Em junho, o Ministério Público concluiu sua investigação e apresentou acusações formais contra o ex-político, médico de profissão, que já esteve preso entre 2005 e 2007 por tentar passar 30 mil pastilhas de ecstasy da Holanda a Israel em um contrabando e falsificar um passaporte diplomático.
Seguev residiu na Nigéria durante os últimos anos e em maio se mudou para Guiné Equatorial, onde foi detido e entregue a Israel após uma ordem de extradição.
Após sua chegada ao país, o ex-ministro foi interrogado por suspeitas que indicavam possíveis contatos com o Irã e, o Serviço de Segurança Interior israelense ou Shin Bet revelou que "foi descoberto que foi recrutado e atuou como agente em nome da inteligência iraniana", segundo indicou a polícia durante a investigação.
Segundo os dados revelados, o acusado estabeleceu contatos com a embaixada do Irã na Nigéria em 2012 e se reuniu duas vezes com oficiais de inteligência, a quem teria informado sobre o mercado energético israelense e sobre lugares de alta segurança, incluindo informação relativa a edifícios e de membros de organizações políticas e dos órgãos de segurança do país.
No final de agosto, o ministro iraniano de Inteligência, Mahmoud Alavi, admitiu que o Irã teve como espião um ex-ministro de um país inimigo.
"Há um tempo tivemos o membro do gabinete de um país hostil", disse Alavi, sem nomear o Estado ao qual se referia e nem a identidade do espião em questão. EFE
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