Evo Morales afirma que OEA "atenta" contra Venezuela ao deslegitimar Maduro
La Paz, 10 jan (EFE).- O presidente da Bolívia, Evo Morales, afirmou nesta quinta-feira que a Organização dos Estados Americanos (OEA) "atenta contra o povo venezuelano" ao não reconhecer o governo de Nicolás Maduro e voltou a acusar os Estados Unidos de usarem o organismo para "forçar" uma intervenção no país caribenho.
"Resolução da OEA não respeita o governo legítimo, legal e democrático da Venezuela, viola o princípio de não ingerência desse organismo e atenta contra a soberania de um povo que votou no presidente Nicolás Maduro. Os EUA usam a OEA para forçar uma intervenção", escreveu Morales em sua conta no Twitter.
Segundo a opinião de Morales, ao não reconhecer Maduro, o organismo "atenta contra o povo venezuelano" e "se transforma em instrumento de agressão e humilhação contra a autodeterminação dos povos".
"A democracia é do povo, não do império", acrescentou.
A OEA decidiu hoje "não reconhecer a legitimidade do período do regime de Nicolás Maduro a partir de 10 de janeiro de 2019", e pediu a realização de novas eleições "em uma data próxima" com observação internacional.
Em reunião extraordinária de seu Conselho Permanente, a resolução apresentada por Argentina, Chile, Colômbia, Costa Rica, EUA, Peru e Paraguai obteve 19 votos a favor, seis contra e oito abstenções, além de uma ausência, e será transmitida "imediatamente" ao secretário-geral das Nações Unidas.
A votação aconteceu em Washington pouco depois de Maduro tomar posse para um segundo mandato de seis anos (2019-2025) após vencer as eleições de maio do ano passado, das quais não participou a maior parte da oposição, por considerá-los fraudulentos ou porque seus principais líderes estavam inabilitados ou presos.
Morales, aliado político e ideológico de Maduro, foi um dos poucos governantes que compareceu à posse do venezuelano, o que foi criticado por opositores bolivianos. EFE
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