Jornal americano diz que ministro venezuelano propôs que Maduro renunciasse
Washington, 9 jan (EFE).- O ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino López, propôs no mês passado ao presidente Nicolás Maduro, que ele deixasse o cargo ou que aceitasse sua renúncia, revelou nesta quarta-feira o jornal americano "The Washington Post".
O jornal, citando um funcionário da inteligência dos EUA que falou sob condição de anonimato, afirma que, no entanto, Padrino López ainda não cumpriu sua ameaça.
Enquanto isso, Maduro se prepara para tomar posse, nesta quinta, para um novo mandato de seis anos, depois de vencer as polêmicas eleições realizadas em maio do ano passado, onde não houve a participação de grande parte da oposição, por considerar fraudulento o processo ou porque seus principais líderes estavam inabilitados ou presos.
Na última terça-feira, durante a primeira sessão do ano após sua instalação, o Parlamento venezuelano, de maioria opositora, pediu o apoio do povo e dos militares para promover uma transição política e impedir a "usurpação" do poder de Maduro.
O presidente da Assembleia Nacional (AN, Parlamento), Juan Guaidó, ressaltou que o Legislativo necessita do apoio de todos os setores para conseguir "as condições para um governo de transição e novas eleições dentro da Constituição".
"É por isso que estamos falando com os militares, com a base política do Partido Socialista Unido da Venezuela, e é por isso que estamos falando com o povo da Venezuela, pois precisamos de sua participação", afirmou Guaidó.
Os militares venezuelanos anteciparam que não atenderão ao pedido do Parlamento e prometeram a Maduro "seu apoio irrestrito e absoluta lealdade" em relação ao seu novo mandato, que a oposição insiste em classificar como ilegal.
Padrino leu uma declaração com uma parte do Alto Comando Militar, na qual ele também rejeitou a "rendição" pelo que acusou dirigentes opositores, a quem descreveu como traidores da pátria por supostamente encorajar atos hostis contra o governo chavista, no poder desde 1999.
A oposição e vários países da comunidade internacional alertaram que não reconhecerão Maduro a partir desta quinta, quando começará a "usurpação" da presidência na Venezuela.
Coincidindo com a posse de Maduro, a Organização dos Estados Americanos realizará em Washington uma reunião extraordinária do seu Conselho Permanente "para considerar a situação" na Venezuela. EFE
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