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Moon afirma que segunda cúpula entre Kim e Trump acontecerá em breve

10/01/2019 02h33

Seul, 10 jan (EFE).- O presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, deu nesta quinta-feira como certa, em seu discurso de Ano Novo, a celebração da segunda cúpula entre o líder norte-coreano, Kim Jong-un, e o presidente americano, Donald Trump, "será realizada em breve".

Moon afirmou que o diálogo para conseguir a paz e a desnuclearização da península coreana "segue se expandindo neste momento e vai acelerar ainda mais este ano".

"A segunda cúpula entre Coreia do Norte e EUA será realizada em breve, e a visita de cortesia a Seul do líder norte-coreano, Kim Jong-un, serão novos momentos decisivos para consolidar a paz na península", garantiu Moon.

Suas palavras chegam depois desta semana em que Kim fez uma visita surpresa à China para se encontrar com o presidente Xi Jinping, sugerindo que uma segunda cúpula com Trump pode ser iminente depois que Pyongyang e Washington se mostrarem dispostos a realiza-la.

As três viagens anteriores de Kim à China foram, uma delas antes da participação da Coreia do Norte nos Jogos Olímpicos de Inverno, em PyeongChang (Coreia do Sul), evento que abriu as portas para a aproximação entre Pyongyang e a comunidade internacional, e os outros dois justamente depois das suas cúpulas com Moon e Trump.

Desde aquela reunião de Singapura, onde EUA e Coreia do Norte concordaram em trabalhar para a desnuclearização do regime norte-coreano em troca de que Washington garanta a sobrevivência do mesmo, o diálogo mal avançou devido à falta de um roteiro para o processo de desarmamento.

Por outro lado, o presidente sul-coreano defendeu hoje os projetos de cooperação intercoreana pelo impacto positivo que possam ter para a economia da península.

Moon admitiu que tudo está pronto para retomar as operações de uma propriedade industrial e um complexo hoteleiro localizado na Coreia do Norte e disse que seu governo "vai cooperar com a comunidade internacional, incluindo os EUA, para resolver o mais rápido possível assuntos pendentes como as sanções internacionais".

A retirada de sanções - que impedem a retomada desses projetos intercoreanos e que foram impostas como castigo aos testes de armas norte-coreanos - é uma das medidas reivindicada por Pyongyang para conseguir avanços no processo de desnuclearização.

No entanto, Washington acredita que o regime deve implementar de antemão ações reais que garantam sua disposição de encerrar seu programa nuclear. EFE