Peru convoca encarregada de negócios na Venezuela para consultas
Lima, 10 jan (EFE).- O Ministério das Relações Exteriores do Peru anunciou nesta quinta-feira que chamou para consultas a encarregada de negócios da embaixada do país na Venezuela, Rosa Álvarez, depois da posse de Nicolás Maduro para seu segundo mandato como presidente, considerado ilegítimo pelo governo peruano.
O governo do Peru afirmou que adotou a medida em concordância com a última declaração do Grupo de Lima, também assinada pelo Brasil, na qual o bloco anunciou que não reconheceria a posse de Maduro por considerar que as eleições da Venezuela foram ilegítimas.
A embaixada peruana em Caracas era comandada pela encarregada de negócios porque o país retirou seu embaixador da capital venezuelana há alguns anos, uma represália às ações tomadas por Maduro.
Nos últimos dias, o Peru também anunciou que não permitirá a entrada de Maduro e de outras centenas de representantes do governo da Venezuela no país.
O presidente do Paru, Martín Vizcarra, está coordenando com o Ministério de Economia e Finanças e a Superintendência de Bancos e Seguros (SBS) para cumprir as medidas econômicas previstas na última declaração do Grupo de Lima.
O governo do Peru também reiterou o pleno apoio à Assembleia Nacional da Venezuela, parlamento eleito em dezembro de 2015 e dominado pela oposição. No entanto, o órgão foi declarado sem validade pelo Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) do país.
A chancelaria peruana reafirmou que não reconhece a legitimidade do mandato de Maduro e ressaltou que o país vive uma situação de ruptura da ordem constitucional.
"Só através do pleno restabelecimento da democracia e do respeito aos direitos humanos, poderemos resolver a crise política, econômica, social e humanitária que atravessa a Venezuela", escreveu o governo peruano em comunicado.
O Peru mantém uma oposição ativa ao governo de Maduro, considerado por Vizcarra como uma ditadura. Segundo dados oficiais, 650 mil venezuelanos estão no país depois de fugirem da crise política e humanitária na Venezuela. EFE
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