Polícia da Bolívia procura suspeitos do esquartejamento de família no Brasil

La Paz, 10 jan (EFE).- A polícia boliviana procura quatro suspeitos do assassinato de três pessoas de uma família boliviana cujos corpos esquartejados foram encontrados esta semana em São Paulo, informou nesta quinta-feira uma fonte policial.

Além do principal acusado do crime, Gustavo V.A., os agentes também buscam outros três bolivianos que supostamente estão envolvidos no assassinato desta família no Brasil, disse à imprensa o comandante da polícia da região de Santa Cruz, Alfonso Siles.

O comandante destacou que, segundo informação proporcionada pelas autoridades brasileiras à polícia da Bolívia, se presume que o principal suspeito e as outras três pessoas fugiram para o território boliviano.

Siles acrescentou que todos os comandos fronteiriços das províncias e do departamento de Santa Cruz têm as fotografias dos quatro suspeitos.

Jesús Reynaldo Condori Sanizo, de 39 anos, e Irma Morante Sanizo, de 38, e seu filho, Gian Abner Morante Condori, de oito, estavam desaparecidos desde o último dia 23 de dezembro.

Os corpos dos três foram achados na terça-feira esquartejados e empacotados em três malas na cidade de Itaquaquecetuba.

De acordo com informações das autoridades brasileiras, os corpos foram achados em uma casa na qual um grupo de agentes entrou após receber uma denúncia de roubo e encontrou em três malas várias bolsas plásticas onde estavam embalados os corpos mutilados.

O diretor da Força Especial de Luta contra o Crime de La Paz (Felcc), Jhonny Aguilera, declarou que o principal suspeito também residiu em território argentino, razão pela qual enfatizou que se deve "ampliar os esforços" entre Argentina, Brasil e Bolívia.

A mãe e os irmãos do principal suspeito falaram com a imprensa hoje em La Paz para pedir-lhe que se entregue às autoridades e divulgue sua versão sobre o fato.

"Se meu filho chegar, eu imediatamente vou entregá-lo às autoridades. Se ele tem seu pecado, pagará", declarou a mãe entre soluços.

A vice-ministra de Justiça, Erika Chávez, se reuniu hoje com os parentes das três pessoas assassinadas no Brasil para coordenar a assistência que lhes oferecerá por meio da chancelaria, segundo informação do Ministério de Justiça. EFE