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Republicanos freiam no Senado propostas para encerrar paralisação do governo

10/01/2019 21h16

Washington, 10 jan (EFE).- O líder do Partido Republicano no Senado dos Estados Unidos, Mitch McConnell, bloqueou nesta quinta-feira propostas aprovadas pela oposição democrata na Câmara dos Representantes para solucionar a paralisação parcial do governo americano, que já dura 20 dias.

"A última coisa que temos que fazer agora é uma troca sem sentido", disse McConnell, referindo-se ao fato de que os republicanos avisaram que não aprovariam as medidas dos democratas.

McConnell defendeu nas últimas semanas que não colocaria em debate no Senado projetos de lei que o presidente do país, Donald Trump, não tenha a intenção de assinar.

A maioria democrata na Câmara dos Representantes aprovou dois pacotes legislativos que incluem seis projetos de lei orçamentária para financiar 25% do governo ao longo de 2018. As propostas também incluem verbas para bancar o funcionamento do Departamento de Segurança Nacional até o dia 8 de fevereiro.

As propostas ampliavam a verba destinada para a construção de barreiras na fronteira com o México para US$ 1,3 bilhão, valor muito abaixo dos US$ 5,7 bilhões exigidos por Trump.

As regras do Senado americano permitem que qualquer senador possa forçar a votação de um projeto de lei. No entanto, da mesma maneira, as propostas podem ser bloqueadas por um único parlamentar.

A tentativa dos democratas do Senado de aprovar os projetos que passaram pela Câmara ocorre enquanto a paralisação parcial do governo por falta de recursos completa 20 dias.

As negociações entre Trump, que exige os recursos para a construção com o muro na fronteira com o México, e os democratas, que se recusam a financiar a construção da barreira, não avançaram nos últimos dias. Por isso, o presidente americano cogita declarar emergência nacional para conseguir a verba desejada.

A paralisação afeta órgãos de dez departamentos do governo. Cerca de 800 mil funcionários públicos federais estão sem receber salário ou ganharam licença não remunerada. EFE