Tshisekedi celebra vitória eleitoral na República Democrática do Congo
Kinshasa, 10 jan (EFE).- O líder do principal partido da oposição da República Democrática do Congo, Félix Tshisekedi, disse nesta quinta-feira que será "o presidente de todos os congoleses", após ser nomeado vencedor do pleito presidencial, segundo os resultados provisórios anunciados pela Comissão Eleitoral (CENI).
"Também serei presidente daqueles que não votaram, mas não serei o presidente para uma organização, uma tribo ou um partido, mas das congolesas e dos congoleses", afirmou diante de uma grande multidão congregada no reduto opositor de Lime-te, um bairro de Kinshasa.
O opositor fez estas declarações depois do presidente da CENI, Corneille Nangaa, proclamá-lo vencedor na sede central da organização em Kinshasa.
Tshisekedi obteve mais de 38% dos votos o pleito presidencial de 30 de dezembro na República Democrática do Congo (RDC), enquanto o também opositor Martin Fayulu ficou em segundo lugar com quase 35%, seguido pelos governista, Emmanuel Ramazani Shadary, com um apoio próximo a 24%.
Tshisekedi, líder da histórica União pelo Progresso e o Desenvolvimento Social (UPDS), também aproveitou a ocasião para prestar homenagem ao presidente, Joseph Kabila, a quem considera "um parceiro político e não um inimigo".
Além disso, o novo líder também se referiu com amabilidade a seus rivais na disputa eleitoral Martin Fayulu e Emmanuel Ramazani Shadary.
No entanto, Fayulu não aceitou os resultados eleitorais e os tachou de "inventados e fabricados".
"Esta proclamação é o resultado de manipular, inventar e fabricar, e os resultados não têm nada a ver com a verdade das pesquisas. Isto é um fraude eleitoral inimaginável e é provável que cause uma desordem generalizada em todo o território nacional", disse o líder do bloco comum de oposição Lamuka ("Desperta", em língua local).
Filho do emblemático líder opositor e ex-primeiro-ministro Étienne Tshisekedi, o ganhador, de 55 anos, se distanciou em meados de novembro do bloco comum de oposição Lamuka - liderado por Fayulu - para liderar sua própria coalizão.
Após a divulgação dos resultados, o Governo decidiu hoje restabelecer a conexão à internet, informaram veículos de imprensa locais.
Tanto o envio de mensagens de texto como o acesso à rede estiveram inabilitados durante os 12 dias posteriores às eleições ocorridas em 30 de dezembro, segundo o Governo, a fim de evitar especulações e enfrentamentos.
Os resultados provisórios deveriam ter sido divulgados em 6 de janeiro, segundo o calendário eleitoral, mas os mesmos foram atrasados após a CENI confirmar que não tinha completado a apuração.
A partir de hoje, os candidatos e partidos terão três dias para apelar dos resultados diante da Corte Constitucional, que por sua vez disporá de outra semana para proclamar os resultados oficiais. EFE
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