Venezuela classifica resolução da OEA como "golpe de Estado"
Washington, 10 jan (EFE).- O vice-ministro da Venezuela para a América do Norte, Samuel Moncada, qualificou como "insensatez jurídica" e "golpe de Estado" a resolução aprovada nesta quinta-feira em Washington pelos países da Organização dos Estados Americanos (OEA), na qual não reconhece a legitimidade do segundo mandato de Nicolás Maduro.
"A resolução apresentada hoje é uma insensatez jurídica, um abuso de poder, um crime de agressão e um golpe de Estado, tudo com o propósito de promover o caos e uma intervenção militar estrangeira que destruiria não só a paz na Venezuela, mas em toda a região", ressaltou Moncada, representante alternado do seu país diante da OEA.
O diplomata, cuja declaração fechou os discursos na reunião extraordinária do Conselho Permanente da OEA, denunciou que a resolução é parte de "um plano criminoso que trará dor e vergonha para satisfazer a cobiça de alguns poucos".
"O principal grande problema desta resolução é que pretende, sem ter capacidade para isso, decidir quem é o governante legítimo da Venezuela", se queixou o vice-ministro, que especificou que nas democracias "o povo é soberano e os governantes só têm o poder que o seu povo lhes entrega".
"Quando planeja que os Estados deste Conselho podem decidir quem é o presidente da Venezuela, se pede algo que, por definição, é impossível. Esse poder não está neste Conselho, é um atributo que não lhe pertence, uma faculdade que não existe", acrescentou Moncada, ao sentenciar que "este Conselho seria um usurpador da vontade dos milhões de venezuelanos que votaram em 20 de maio".
Por maioria dos seus membros, a OEA decidiu hoje "não reconhecer a legitimidade" do mandato de Maduro e pediu a convocação de novas eleições "em uma data próxima" com observação internacional.
A resolução apresentada por Argentina, Chile, Colômbia, Costa Rica, Estados Unidos, Peru e Paraguai conseguiu 19 votos a favor, seis contra e oito abstenções, e será transmitida "imediatamente" ao secretário-geral das Nações Unidas. EFE
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