Venezuelanos pedem a Bolsonaro que não os abandone e pressione Maduro
Brasília, 10 jan (EFE).- Um grupo de venezuelanos se manifestou nesta quinta-feira em frente ao Palácio do Itamaraty em Brasília pedindo ao presidente Jair Bolsonaro que não deixasse seus compatriotas "sozinhos" e exercesse "pressão" sobre o governo de Nicolás Maduro, que inicia um novo mandato.
"Pedimos que o governo brasileiro siga o estipulado pelo Grupo de Lima e não reconheça o governo ilegítimo do ditador Maduro", disse à Agência Efe Alberto Palombo, responsável no Brasil do grupo 'Soy Venezuela' (Sou Venezuela, em português), que é integrado por opositores de renome, como o ex-prefeito de Caracas Antonio Ledezma e a ex-deputada María Corina Machado.
Palombo, junto com aproximadamente 20 venezuelanos que vivem no Brasil, entregou ao Itamaraty um documento dirigido ao presidente Bolsonaro e ao chanceler Ernesto Araújo denunciando a "fraude eleitoral" de 20 de maio, que o grupo opositor classifica como uma "linha vermelha" ultrapassada por Maduro.
"Desde aquele dia, ninguém tem dúvidas de que é impossível legitimar um regime que decidiu romper com o direito internacional para revelar-se uma ditadura totalitária, atroz e violadora sistemática dos direitos humanos", diz o documento.
O grupo também pede ao governo de Bolsonaro, que foi incluído ao lado de outros qualificados como "amigos da liberdade", que cumpra e promova o estipulado pelo Grupo de Lima - formado por Brasil e outros 13 países do continente americano - e não reconheça a posse de Maduro.
Esse acordo, rejeitado apenas pelo México, foi aprovado pelos outros 13 integrantes do Grupo de Lima que, além disso, mediante uma proposta apresentada pelo Brasil, decidiram pedir a Maduro que não assumisse hoje um novo mandato e entregasse o poder à Assembleia Nacional, o parlamento que é controlado pela oposição, mas foi declarado em situação de "desacato" pelo Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) venezuelano.
Antes da entrega do documento, os manifestantes exibiram na Esplanada dos Ministérios bandeiras e cartazes com frases como "Maduro ilegítimo" e "Não nos deixem sozinhos". EFE
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