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Mortes por overdose de mulheres aumentam 260% nos últimos 18 anos nos EUA

11/01/2019 14h47

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Atlanta (EUA), 11 jan (EFE).- As mortes por overdose em mulheres de média idade aumentaram 260% nos últimos anos nos Estados Unidos, de acordo com um reporte das autoridades sanitárias do país divulgado nesta sexta-feira.

Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) reportaram que entre 1999 e 2017 houve um aumento no número de mortes em mulheres de 30 a 64 anos por overdose de drogas que incluem antidepressivos, benzodiazepina, cocaína, heroína, opioides receitados e opioides sintéticos.

"As mortes por overdose continuam sendo inaceitavelmente altas e são necessários esforços dirigidos à redução destas mortes nesta crescente epidemia", disseram os investigadores.

Neste período, foi registrado um aumento de mortes por overdose de 200% entre as mulheres de 35 a 39 e 45 a 49 anos, de 350% entre aquelas de 30 a 34 e 50 a 54 e de quase 500% entre as de 55 a 64.

Os investigadores observaram um aumento de 6,7 mortes por cada 100 mil pessoas (4.314) em 1999 para 24,3 por cada 100 mil pessoas (18.110) em 2017.

As mortes por overdose com opioides sintéticos experimentaram um aumento de 1.643%, enquanto a heroína teve um aumento do 915% e as benzodiazepinas de 830%.

Outros dos principais tipos de drogas ou remédios vinculados a overdose foram os antidepressivos, os medicamentos opiáceos prescritos e a cocaína.

De todas as drogas e remédios citados, o fentanil, que é um opioide sintético, foi citado como a droga que mais foi relacionadas às mortes por overdose em 2016, tanto entre homens como mulheres.

O fentanil teve um aumento de 113% como causa de mortes por overdose entre 1999 e 2017, de acordo com o relatório dos CDC.

Além disso, o estudo afirma que algumas das mortes por overdose podem ter sido por causa de mais de uma droga ou remédio.

De acordo com um reporte prévio dos CDC, as mortes por overdose são mais comuns nas zonas rurais do que as registradas em áreas metropolitanas.

O aumento das mortes por overdose, junto ao aumento de suicídios, fez com que a expectativa de vida dos americanos diminuísse pelo terceiro ano consecutivo em 2017, se situando em 78,6 anos, segundo números que os CDC revelaram em novembro. EFE