Serviço de Segurança russo pede extensão de prisão de marinheiros ucranianos
Moscou, 11 jan (EFE).- O Serviço Federal de Segurança da Federação Russa (FSB, antiga KGB) pediu à Justiça o prolongamento, até 26 de abril, da detenção preventiva dos marinheiros ucranianos presos em novembro após um incidente naval no Mar Negro, informaram fontes oficiais.
Uma porta-voz do Tribunal Lefortovo de Moscou acusou hoje o recebimento da solicitação do FSB e afirmou que a audiência será realizada no dia 15.
Em entrevista à agência "Interfax", a funcionária afirmou que o tribunal estudará prorrogar o período de detenção dos marinheiros por outros três meses, "ou seja, até 26 de abril".
Ao mesmo tempo decidirá se o julgamento deve ser realizado a portas fechadas, como solicitou os responsáveis pela investigação.
A Rússia acusa de cruzamento ilegal da fronteira 24 marinheiros da Marinha ucraniana detidos em novembro do ano passado junto com três navios - um rebocador e dois canhoneiros - pela Guarda Costeira russa no Mar Negro, perto do litoral da Crimeia.
O Código Penal russo sanciona com até 6 anos de prisão o cruzamento ilegal da fronteira em grupo com o emprego de armas e ameaça de seu uso.
A Ucrânia classifica como ato de agressão a captura de seus navios pela força e denuncia que a mesma aconteceu em águas internacionais do Mar Negro depois que a Guarda Costeira russa fechou a passagem pelo estreito de Kerch quando dirigia-se para o Mar de Azov.
Os marinheiros, três dos quais ficaram feridos quando as forças russas dispararam contra seus navios, são considerados prisioneiros de guerra e se negaram a prestar depoimento.
O Governo de Kiev denunciou a captura diante do Tribunal Europeu de Direitos Humanos (TEDH), ao qual pede para declarar ilegais as acusações apresentadas contra os marinheiros na Rússia. EFE
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