Topo

Anatoly Lukyanov, último chefe do parlamento da URSS, é sepultado em Moscou

12/01/2019 14h26

Moscou, 12 jan (EFE).- O corpo de Anatoly Lukyanov, o último presidente do Soviet Supremo (Parlamento da União Soviética) e crítico das reformas de Mikhail Gorbachov, foi sepultado neste sábado no cemitério de Troekurovski de Moscou.

O político, que morreu na última quarta-feira aos 88 anos, foi enterrado enquanto era executado o hino da Rússia e em meio a salvas da guarda de honra, segundo a agência russa "RIA Novosti".

Previamente, representantes de todas as bancadas da Duma (Câmara dos Deputados), membros do Conselho da Federação (Senado), familiares e amigos se despediram de Lukyanov no Salão de Rituais do Hospital Clínico Central de Moscou.

A cerimônia foi conduzida pelo vice-presidente do Partido Comunista da Rússia, Vladimir Kashin, que destacou o enfoque sistemático de Lukyanov para resolver problemas e seu trabalho como advogado e humanista, enquanto Raisa Karmazina, do partido governista Rússia Unida, ressaltou que o político vivia para o povo e para seu país.

Lukyanov, que nasceu em 7 de maio de 1930 em Smolensk, se tornou presidente do Soviet Supremo em 1990, sucedendo Gorbachov, que tinha sido eleito presidente da URSS e a quem conhecia desde os anos de estudante.

O político, que foi deputado comunista até 2003 e jurista, criticou publicamente as políticas de Gorbachov e foi preso por causa do fracassado golpe de Estado de agosto de 1991 que precipitou a desintegração da URSS.

"Não houve golpe, só foi uma desesperada e mal organizada tentativa por parte de alguns dirigentes soviéticos de salvar a URSS", afirmou Lukyanov em uma entrevista sobre aquele levante golpista. EFE