Centristas aprovam pacto para permitir governo social-democrata na Suécia
Copenhague, 12 jan (EFE).- O Conselho Nacional do Partido Centrista respaldou neste sábado o acordo com três formações a mais para apoiar um Governo em bloco "Vermelho-Verde" na Suécia, que acabaria com o bloqueio político no país quatro meses depois das eleições.
O pacto, apresentado nesta sexta-feira, teria o social-democrata Stefan Löfven como governante em minoria com os ecologistas por mais quatro anos e deixaria sem influência o ultradireitista Democratas da Suécia (SD), terceira força parlamentar e isolada pelos outros partidos.
"Estou feliz e orgulhosa pelo forte apoio", disse hoje em entrevista coletiva a líder centrista, Annie Lööf, partido que contou com 56 votos a favor e só dois contra.
O pacto inclui uma colaboração orçamentária, mas seu partido seguirá na "oposição liberal", ressaltou Lööf, que lamentou as críticas feitas ontem por conservadores e democratas-cristãos anunciando o fim da Aliança de centro-direita, da qual também faziam parte centristas e liberais.
O acordo deve ser aprovado também pelo Partido Liberal, que hoje iniciou uma reunião entre o grupo parlamentar e a direção, que deve terminar amanhã com uma votação no Conselho Nacional que possivelmente será muito disputada, depois que várias vozes divulgaram nos últimos dias seu descontentamento com um possível pacto com o bloco Vermelho-Verde".
As quatro forças políticas envolvidas no pacto somam 167 das 349 cadeiras do Parlamento, por isso que necessitarão que, pelo menos, o Partido de Esquerda se abstenha na votação que será realizada na quarta-feira na Câmara para que Löfven possa ser eleito.
Este partido, que foi o apoio externo do Governo "Vermelho-Verde" na anterior legislatura, ainda não divulgou sua postura sobre um pacto no qual ressaltou expressamente que fica de fora de "qualquer influência" sobre a liderança política da Suécia.
O acordo inclui medidas polêmicas para a esquerda sueca como uma liberalização do mercado trabalhista e de Habitação, e cortes fiscais em impostos ao trabalho e às empresas.
A Suécia vive uma anormal situação política pelo panorama surgido das eleições de 8 de setembro: o bloco de esquerda de Löfven, cujo partido foi o mais votado, obteve 144 cadeiras contra 143 da Aliança e 62 do SD.
Depois que dois projetos do governo em minoria liderados por Kristersson e Löfven não avançaram na Câmara, o presidente do parlamento Andreas Norlen acelerou o processo no mês passado e agendou mais duas consultas na Câmara neste mês.
No sistema sueco são necessárias quatro tentativas fracassadas no Parlamento para escolher primeiro-ministro antes de poder convocar eleições extraordinárias, algo que não ocorre desde 1958. EFE
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