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ONU pede ajuda urgente para migrantes retidos por combates no Chade

12/01/2019 11h57

Trípoli, 12 jan (EFE). - Cerca de mil migrantes e de cidadãos do Chade estão retidos nas regiões fronteiriças com a Líbia por causa dos combates tribais que ocorrem desde dezembro em torno de duas minas de ouro, advertiu neste sábado à Agência Efe a Organização Internacional das Migrações (OIM).

Segundo a organização dependente da ONU, outras 1,2 mil pessoas poderiam chegar nos próximos dias à cidade setentrional de Faille-Largeau fugindo da violência em Zouarke, multiplicando a aguda crise humanitária que a região já sofre.

"São necessários pelo menos um milhão de euros em ajuda de emergência urgente para as 950 pessoas que já estão deslocadas na zona", afirmou a organização, a única presente nesta cidade que serve de conexão para o comércio entre Chade, Níger, Líbia e Sudão.

"A instabilidade se mantém. Tememos que nos próximos dia muitas mais pessoas cheguem a Faille-Largeau escapando dos combates", que segundo as autoridades locais, deixaram 30 mortos e mais de 400 feridos, acrescentou.

Desde 2012, a região chadiana de Tibesti, próxima à fronteira com a Líbia, atrai milhares de trabalhadores procedentes de todos os países do Sahel que buscam fazer fortuna na exploração das minas de ouro.

Os enfrentamentos armados entre senhores da guerra local que dominam a província explodiram no começo de dezembro e surpreenderam os milhares de migrantes irregulares que igualmente chegam a essa zona em busca de chegar à Líbia para migrar de forma irregular à Europa. EFE