Cesare Battisti chegará à Itália "nas próximas horas", diz primeiro-ministro
Roma, 13 jan (EFE).- O ex-militante de esquerda italiano Cesare Battisti, capturado no sábado na Bolívia e foragido após ser condenado por quatro homicídios na década de 70, será extraditado "nas próximas horas", disse neste domingo o primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte.
O anúncio foi feito após Conte conversar por telefone com o presidente Jair Bolsonaro, a quem expressou sua gratidão em nome de todo o governo italiano pela detenção, coordenada com as autoridades da Bolívia, em mensagem no Facebook.
O primeiro-ministro estendeu às autoridades da Bolívia esse agradecimento, com o qual disse interpretar "o sentimento das famílias das vítimas e de todos os que pediam justiça".
Battisti, de 64 anos, foi capturado na cidade boliviana de Santa Cruz de la Sierra na tarde de ontem.
Foi membro da grupo Proletários Armados pelo Comunismo, um braço das Brigadas Vermelhas, e foi condenado à prisão perpétua por quatro homicídios entre 1977 e 1979, que ele nega ter cometido, mas permaneceu foragido durante 40 anos.
Após se refugiar na França e no México durante décadas, chegou ao Brasil em 2004, onde viveu escondido até sua detenção em 2007.
O Superior Tribunal Federal aceitou sua extradição em 2009 em uma decisão não-vinculativa, que deixou o destino de Battisti nas mãos do então chefe de Estado, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que a rejeitou em 31 de dezembro de 2010, o último dia de seu segundo mandato, e desde o italiano então viveu em liberdade no Brasil.
Em 14 do ano passado dezembro, o STF ordenou sua detenção com fins de extradição, uma decisão ratificada pelo então presidente Michel Temer, e Battisti permanecia foragido desde então. EFE
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