Estado peruano perdeu mais de US$ 20 milhões em linha 1 do metrô de Lima
Lima, 13 jan (EFE).- A licitação e execução do trecho 2 da linha 1 do metrô de Lima ocasionou ao Estado um prejuízo de pelo menos US$ 20,6 milhões, segundo as primeiras conclusões de um relatório de auditoria da Controladoria Geral do Peru.
Segundo publicou neste domingo o jornal "El Comercio", este relatório compreende uma investigação de todos os períodos do segundo trecho que percorre 12,4 quilômetros de Lima e que foi iniciado dias antes do fim do segundo governo do ex-mandatário Alan García (2006-2011), quando o Consórcio Tren Eléctrico, formado pela Odebrecht e a peruana Graña e Montero, assinou um contrato como ganhador da licitação.
Precisamente García é atualmente investigado pelo Ministério Público no marco do caso Odebrecht no Peru, pela suposta comissão dos crimes de lavagem de dinheiro e colusão agravada, e tem uma ordem de impedimento de saída do país por 18 meses.
O Consórcio Tren Eléctrico assinou um contrato como ganhador da licitação para elaborar a ficha técnica final e construir o trecho 2, que conectaria o Centro de Lima com o populoso distrito de San Juan de Lurigancho.
O relatório da Controladoria afirma que este resultou "favorecido (apesar de) descumprir com o estipulado nas bases. Não apresentou análise de despesas gerais e "não cumpriu com as explorações à profundidade mínima exigida".
O Consórcio mudou a solução técnica, modificou o traçado inicial proposto, e graças a isso conseguiu aumentar o montante de obra de US$ 583,4 milhões para US$ 900,6 milhões, e que foi liquidado em US$ 885,1 milhões.
Durante a execução da obra, que se desenvolveu durante o governo de Ollanta Humala (2011-2016), também foram encontradas irregularidades como "pagamentos por conceito de antecipação no valor de US$ 116,6 milhões", pedido que foi aprovado apesar de superar a soma máxima de pagamento.
García qualificou hoje na sua conta do Twitter de "absurdo" a publicação do citado jornal e afirmou que "tentam" relacioná-lo com "uma obra posterior" ao seu governo. EFE
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