Fundador do PKK preso recebe primeira visita familiar em dois anos
Istambul, 13 jan (EFE).- Abdullah Öcalan, fundador da guerrilha curda do Partido de Trabalhadores do Curdistão (PKK), recebeu a primeira visita familiar desde setembro de 2016, quando foi preso por um condenação de prisão perpétua em regime de isolamento.
O Partido Democrático dos Povos (HDP), que representa a esquerda pró-curda no Parlamento, confirmou em comunicado que o irmão de Öcalan, Mehmet Öcalan, o visitou ontem, mas não deu mais detalhes sobre o encontro.
"Por enquanto só vou confirmar que a visita aconteceu. Mas posso dizer que temos informação de que Öcalan está bem de saúde", afirmou a copresidente do HDP, Pervin Buldan, em comunicado.
Segundo a imprensa turca, trata-se da a primeira visita de familiares que Öcalan recebe desde setembro de 2016, quando foi preso.
Buldan ressaltou que Öcalan, preso desde 1999 na ilha de Imrali no Mar de Mármara, ao sul de Istambul, está em regime de isolamento "há 20 anos", com exceção durante o processo de paz com o PKK entre 2011 e 2015, durante o qual recebeu frequentes visitas de deputados do HDP.
O comunicado afirma que a visita de ontem foi autorizada depois que uma deputada do HDP presa, Leyla Güven, realizou uma greve de fome de 66 dias para exigir o fim do isolamento de Öcalan.
Mas acrescentou que "a visita de Mehmet Öcalan ao seu irmão não significa que este regime tenha sido suspenso; é importante, mas o assunto não deve ficar limitado a isto".
Buldan denunciou também que desde o fim do processo de paz em 2015 voltou a imperar "o despotismo, a repressão, o fascismo" em relação às aspirações curdas.
Onze deputados do partido estão em presos, entre eles Selahattin Demirtas e Figen Yüksekdag, até o ano passado co-presidentes do HDP e presos em novembro de 2016 sob acusações de "incitação à violência". EFE
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