Israel descobre novo túnel além da fronteira do Líbano e conclui operação
Jerusalém, 13 jan (EFE).- Israel anunciou neste domingo a descoberta de um novo túnel além da fronteira, o sexto que foi informado à população, que a milícia xiita Hezbollah teria escavado do Líbano até seu território, após o que deu por concluída a operação Escudo Norte lançada em dezembro contra estas infraestruturas.
O túnel subterrâneo "mais longo e preciso" encontrado até agora foi achado há 12 horas, segundo destacou o porta-voz militar israelense, tenente-coronel Jonathan Conricus, em entrevista coletiva telefônica com vários jornalistas, entre eles a Agência Efe.
O túnel começa em um imóvel particular na vila libanesa de Ramyeh, se estende 800 metros dentro do país e outros 55 em Israel; tem aproximadamente um metro de largura e dois de altura, sistema de ventilação e eletricidade, e será neutralizado nos próximos dias, explicou Conricus.
"Alcançamos o objetivo que estabelecemos no começo. O objetivo era detectar, expor e neutralizar os corredores além das fronteiras do Hezbollah", afirmou o porta-voz, acrescentando que, segundo os relatórios de inteligência, "não há mais túneis além das fronteiras de ataque".
Israel responsabiliza o governo libanês de consentir o que considera uma violação da sua soberania e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, declarou que tais túneis "não são só um ato de agressão, são um ato de guerra", depois do começo da operação no último dia 4 de dezembro.
A Força de Paz da ONU no Líbano (FINUL), encarregada de supervisionar a situação na Linha Azul após a guerra entre Israel e Hezbollah em 2006, confirmou que pelo menos dois dos túneis achados cruzam a demarcação, o que constitui uma violação da resolução 1701 da ONU.
Esta proíbe a presença de qualquer grupo armado ao sul do rio Litani, com exceção das forças armadas libanesas.
O chefe da Segurança Geral libanesa, general Abbas Ibrahim, declarou recentemente que os túneis "remontam há anos", sem detalhar quem os escavou, e garantiu que Israel "sabia que esses túneis existiam e os está utilizando agora por motivos políticos, já que quer desviar a atenção sobre as acusações de corrupção contra ele (Netanyahu) e sua esposa". EFE
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