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Juiz dita prisão de 2 pessoas por incêndio que deixou 18 mortos no Equador

13/01/2019 00h55

Quito, 12 jan (EFE).- Um juiz equatoriano determinou neste sábado a prisão preventiva de duas pessoas pelo suposto crime de homicídio em relação com o incêndio de uma clínica de reabilitação no qual morreram ontem 18 jovens.

Em comunicado, a promotoria federal do Equador detalhou que formulou acusações contra Orlin Octavio B.A., proprietário da clínica, e Leandro Johnny A.A., pessoa encarregada das chaves do estabelecimento, pelo suposto crime de homicídio, castigado com pena de entre 10 e 13 anos de prisão.

O juiz de Garantias Penais, Hermes Jiménez, aceitou o pedido da promotoria e ditou prisão preventiva contra os dois suspeitos, segundo o comunicado.

Entre os elementos de convicção apresentados na audiência realizada hoje consta a denúncia de um familiar de dois falecidos no incêndio.

O incêndio aconteceu em um imóvel onde funcionava o centro de recuperação de

dependências e deixou outras 12 pessoas "gravemente feridas", segundo o comunicado, embora o governo da província de Guayas, onde aconteceu a tragédia, tenha elevado essa cifra para 16 pessoas.

Além disso, a promotoria explicou no comunicado que, horas depois do incêndio na clínica "Por una nueva vida", a promotoria de Guayas liderou uma operação de controle na área junto com a Polícia Judicial.

Nessa operação, encontraram um local clandestino, frequentado por pessoas com problemas de dependência, "que estavam reclusas contra a sua vontade e fechadas nas instalações com cadeados e correntes, em uma infraestrutura que estava situada a poucas quadras do lugar acidentado".

Essa operação terminou com cinco pessoas detidas, entre elas o administrador da "suposta clínica de reabilitação e vários trabalhadores, que foram processados na madrugada do sábado pelo suposto crime de sequestro".

O presidente do Equador, Lenín Moreno, se solidarizou ontem com familiares das 18 vítimas da tragédia na clínica e garantiu que não permitirão que "a morte de inocentes" fique impune. EFE