Catar rejeita reabrir embaixada na Síria e normalizar relações diplomáticas
Cairo, 14 jan (EFE).- O governo do Catar afirmou nesta segunda-feira que "não vê a necessidade" de reabrir sua embaixada na Síria e rejeitou a normalização das relações diplomáticas com Damasco, pelos crimes "de guerra" cometidos pelo presidente Bashar al Assad.
O ministro das Relações Exteriores catariano, Mohammed bin Abdulrahman Al Zani, disse em entrevista coletiva em Doha que "a normalização (diplomática) com o regime sírio nesta etapa seria a normalização com uma pessoa envolvida em crimes de guerra", em referência a Assad.
Neste sentido, Al Zani destacou que "o povo sírio continua sob os bombardeios" do Exército nacional, por isso as razões que levaram a cortar as relações e a fechar a delegação diplomática na Síria não desapareceram.
"Não há sinais que justifiquem normalizar as relações com o governo sírio", afirmou o ministro, cujo país foi acusado de apoiar grupos armados insurgentes de tendência islâmica desde o início do conflito na Síria.
O Catar se opõe ao retorno da Síria à Liga Árabe, da qual foi expulsa em novembro de 2011 pela repressão sangrenta da revolta popular que explodiu em março daquele ano.
"As razões que levaram à suspensão da Síria da Liga Árabe ainda continuam", explicou Al Zani, que acrescentou que o Catar não vê motivos para a readmissão.
"É preciso insistir em uma solução política (para o conflito) e esta não deve ser imposta do exterior. O Catar apoia qualquer solução que o povo sírio aceite", acrescentou Al Zani.
Cada vez mais países-membros da organização se mostraram a favor da readmissão do governo sírio na Liga Árabe, como o Sudão e o Iraque, e os Emirados Árabes Unidos reabriram sua Embaixada em Damasco no final de dezembro. EFE
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