Topo

Indicado ao Departamento de Justiça apoiará investigação do "caso Rússia"

14/01/2019 16h38

Washington, 14 jan (EFE).- O indicado para assumir o comando do Departamento de Justiça dos Estados Unidos, William Barr, disse no Senado que permitirá a sequência das investigações do procurador especial Robert Mueller sobre o chamado "caso Rússia", que tenta descobrir se houve uma conspiração entre a campanha do presidente Donald Trump e o Kremlin durante as eleições de 2016.

"Acredito que o melhor para todos - o presidente, o Congresso e, o mais importante, o povo americano - é que esse assunto seja resolvido ao permitimos que o promotor especial conclua seu trabalho", afirmou Barr no Comitê de Justiça do Senado.

A afirmação foi feita no início da declaração de Barr aos senadores na audiência, a primeira que avalia se a indicação feita por Trump para o cargo será confirmada pelo Legislativo. Após esta etapa, ele será ouvido no plenário do Senado.

Barr já comandou o Departamento de Justiça entre 1991 e 1993, ainda durante o governo de George H. W. Bush. Ele foi nomeado por Trump no último dia 7 de dezembro para substituir Jeff Sessions, demitido pelo presidente após uma série de discordâncias.

O indicado afirmou que permitirá que a política partidária, os interesses pessoais ou qualquer outra consideração inadequada possam interferir na investigação de Mueller sobre a Casa Branca.

Além disso, Barr ainda afirmou que é de "vital importância" permitir que Mueller termina sua investigação e destacou que tem o maior respeito pela carreira de serviços prestados ao país pelo procurador especial indicado para o "caso Rússia".

Mueller investiga desde maio de 2017, de forma independente ao governo, os possíveis laços entre membros da campanha de Trump e a Rússia, como a inteligência do Kremlin interferiram nas eleições e se Trump cometeu crime de obstrução à Justiça.

Após a demissão de Sessions, o presidente indicou interinamente Matthew Whitaker, então chefe de gabinete do órgão, para comandar o Departamento de Justiça. EFE