Tsipras tem semana crucial no governo da Grécia
Ana Mora Segura.
Atenas, 14 jan (EFE).- O primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, começa nesta segunda-feira uma semana crucial na qual será decidido se ganha a confiança do Parlamento ou se será obrigado a convocar eleições antecipadas após a saída da coalizão de seu aliado, o líder do Gregos Independentes, Panvos Kammenos.
O Parlamento grego começará na terça-feira o debate sobre a questão de confiança apresentada pelo primeiro-ministro, Alexis Tsipras, e fará a votação na noite de quarta-feira, informou hoje a Conferência de Presidentes do Parlamento.
Neste processo será decidido se Tsipras conserva a confiança do Parlamento para terminar seu mandato ou se terá que convocar eleições antecipadas após a ruptura da coalizão.
Ontem Kammenos decidiu deixar seu cargo de ministro da Defesa e romper a coalizão que governou a Grécia desde janeiro de 2015 pelas desavenças em relação à próxima entrada no Parlamento do acordo com a vizinha Macedônia para a nova denominação do país balcânico.
"Anunciei nossa retirada do governo, um governo que nos dói, que pela primeira vez deu esperança aos gregos e enfrentou a corrupção. No entanto, se lhe déssemos a nossa confiança seria como investir a alma do nosso movimento", disse.
Na Grécia uma questão de confiança pode ser aprovada com a metade dos votos a favor dos deputados presentes (com um mínimo de 120). No entanto, Tsipras afirmou que pediria o apoio de 151 deputados e que, se não conseguir, convocaria eleições antecipadas.
Se esse for o caso, Tsipras avisou que está disposto a governar durante um tempo em minoria para poder completar o processo de ratificação do acordo que fechará a disputa entre a Grécia e a antiga República da Macedônia antes de realizar as eleições.
"Tomamos a decisão sem calcular os custos políticos e capitalizamos a grande oportunidade histórica de ter dois poderes progressistas à frente dos dois países (para poder dar fim à disputa)", disse ontem à noite Tsipras em um evento sobre o acordo.
Por enquanto, o primeiro-ministro precisa garantir o apoio de outros quatro deputados para chegar aos 151, pois já conta com os 145 deputados do Syriza e outros dois dos recém expulsos do Gregos Independentes: a ministra de Turismo, Elena Kuntura, e o vice-ministro de Desenvolvimento Rural, Vasilis Kokkalis. EFE
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