Irã diz que resistirá à "guerra econômica" dos EUA e nunca ficará isolado
Teerã, 15 jan (EFE).- O presidente do Irã, Hassan Rohani, afirmou nesta terça-feira que seu país resistirá à "guerra econômica" dos Estados Unidos e "nunca ficará isolado", apesar das sanções impostas por Washington nos últimos meses.
"Esta guerra econômica nos foi imposta, mas nós nos manteremos de pé", disse Rohani em discurso na província do Golestão, transcrito no site da Presidência.
O líder ressaltou que está orgulhoso porque o Irã não foi a parte que descumpriu seus compromissos: "Muitos nos provocaram para violar nossas obrigações, mas não começamos a guerra econômica", acrescentou.
Os EUA impuseram sanções a Teerã após se retirarem unilateralmente em maio do ano passado do pacto nuclear de 2015 com o Irã, assinado também por Rússia, China, França, Reino Unido e Alemanha, que limita o programa atômico iraniano em troca da suspensão das sanções internacionais.
"Não temos medo das sanções, mas é impossível não haver dificuldades durante a guerra econômica", afirmou Rohani.
O presidente denunciou que os EUA pretendem "separar a população do sistema" e construir um muro ao redor do Irã para isolá-lo, mas - ressaltou - fracassarão nestes dois objetivos.
"O Irã nunca ficará isolado. Agora, em nível mundial, só alguns poucos países estão apoiando seu movimento (dos EUA) a respeito do acordo nuclear e das sanções", acrescentou.
Em seu discurso, Rohani também afirmou que outro objetivo de Washington é "diminuir o papel do Irã" no Oriente Médio para que deixe de ser um país influente.
"Os EUA querem que o Irã seja deixado de lado para assim dominar a região. Isto é impossível", disse o presidente, para em seguida falar da recente viagem pelo Oriente Médio do secretário de Estado americano, Mike Pompeo.
Na sua opinião, Pompeo "continuará fracassando (na sua política contra o Irã) inclusive se percorrer a região durante dez semanas".
Pompeo criticou o Irã em sua viagem por Jordânia, Iraque, Egito, Bahrein, Emirados Árabes Unidos e Catar, e afirmou que vai reunir na conferência ministerial de Varsóvia de fevereiro uma "enorme coalizão" de países para pressionar Teerã e fomentar "a estabilidade e a paz no Oriente Médio". EFE
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