Seul evita se referir a Pyongyang como "inimigo" em Livro Branco de Defesa
Seul, 15 jan (EFE).- As Forças Armadas da Coreia do Sul eliminaram o termo "inimigo" para se referir ao regime e às tropas da Coreia do Norte na última edição do Livro Branco de Defesa publicada nesta terça-feira, um reflexo do atual aproximação entre os países vizinhos.
Na edição 2018 deste documento bienal, o Ministério da Defesa sul-coreano também deixou sem mencionar dois protocolos operacionais cuja alusão pode representar uma provocação a Pyongyang.
Trata-se do Kill Chain (um sistema para atacar preventivamente ao detectar preparativos para um ataque nuclear e cuja implementação ainda não está completa) e do chamado programa de Castigo e Represália em massa da Coreia (KMPR, na sigla em inglês).
Este segundo plano é basicamente uma versão ampliada do Kill Chain que inclui uma invasão terrestre e que tem como objetivo adicional destruir Pyongyang praticamente toda para garantir a eliminação do maior número possível de figuras do regime norte-coreano, inclusive seu líder.
A omissão destes elementos se dá em pleno processo de aproximação entre as Coreias (tecnicamente ainda em estado de guerra), que começou no ano passado e através do qual se busca impulsionar também o diálogo com Washington para conseguir a desnuclearização do regime norte-coreano.
No entanto, situação a atual preocupa a ala conservadora sul-coreana (agora na oposição) diante da possibilidade de a atitude de Seul debilitar as capacidades de defesa nacional ao mesmo tempo que o programa nuclear e de mísseis norte-coreano continua intacto.
Quanto à avaliação das capacidades nucleares norte-coreanas, o Livro Branco mantém o que foi ecrito em 2016: calcula-se que a Coreia do Norte possui cerca 50 quilos de plutônio enriquecido, o suficiente para fabricar 10 bombas nucleares, e uma quantidade "considerável" de urânio enriquecido.
Do mesmo modo, explica que a tecnologia de Pyongyang para miniaturizar ogivas nucleares e equipá-las em mísseis alcançou um nível destacável.
Além disso, o documento identifica 14 tipos de mísseis de categoria curta, intermediária e longa dentro do arsenal balístico, inclusive o Hwasong-15, seu projétil de alcance intercontinental mais sofisticado e que ao ser testado no ano passado pareceu ser capaz de voar 10 mil quilômetros, o suficiente para alcançar os Estados Unidos.
Na seção naval, o Livro Branco afirma que a Coreia do Norte aparentemente está construindo um novo submarino Sinpo, projetado para lançar mísseis balísticos e do qual só existe uma unidade desdobrada até o momento. EFE
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