Trudeau afirma que sentença de morte de canadense na China é "arbitrária"
Toronto, 14 jan (EFE).- O primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, afirmou nesta segunda-feira que a condenação à morte na China do canadense Robert Lloyd Schellenberg, preso por tráfico de drogas, é "arbitrária" e uma "grave preocupação".
"É uma grave preocupação para nós como governo, como deveria ser para todos os nossos amigos da comunidade internacional e aliados, que a China tenha escolhido arbitrariamente aplicar a pena de morte", disse Trudeau, aos jornalistas, em Ottawa.
A sentença de Schellenberg foi anunciada nesta segunda pela agência estatal de notícias chinesa "Xinhua" e coincide com uma grave crise diplomática entre os dois países que começou em dezembro do ano passado com a detenção no Canadá da diretora financeira da companhia chinesa Huawei, Meng Wanzhou.
Após a detenção de Meng, a pedido dos Estados Unidos, que quer extraditá-la por fraude por violar as sanções de Washington contra o Irã, as autoridades chinesas prenderam dois canadenses suspeitos de atividades que, segundo Pequim, "põem em risco a segurança nacional" do país asiático.
Veículos de imprensa canadenses destacaram que, embora no passado, cidadãos estrangeiros tenham sido condenados à morte por tráfico de drogas na China, o caso de Schellenberg não foi tornado público pelas autoridades chinesas até após a prisão de Meng.
Schellenberg foi detido em 2014 após participar da tentativa de envio de 222 quilos de anfetaminas escondidas em pneus da Austrália para a China.
O canadense foi julgado inicialmente em 2016 e condenado a 15 anos de prisão. Mas os promotores apelaram da sentença, por considerarem que a pena era leve demais.
A emissora pública canadense "CBC" disse hoje que, em 2012, Schellenberg, de 36 anos, foi condenado a dois anos de prisão no Canadá por tráfico de drogas. EFE
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