Tsipras pede confiança do Parlamento da Grécia para continuar governando
Atenas, 15 jan (EFE).- O primeiro-ministro da Grécia, Alexis Tsipras, pediu o apoio do Parlamento na questão de confiança que começou ser debatida nesta terça-feira, depois que a coalizão com a qual governava se rompeu por desavenças sobre o acordo com a Macedônia para mudar seu nome.
"Este governo tirou o país dos memorandos, restaurou a normalidade. Apoiou e protegeu os trabalhadores, preservou a coesão social. Mas tem ainda nove meses de vida segundo a Constituição com um trabalho muito importante para cumprir", afirmou.
Tsipras pediu a confiança do Parlamento para poder concluir seus planos de reformar a Constituição, aumentar o salário mínimo, proteger a habitação e regular as relações entre o Estado e a Igreja, entre outras medidas, como a ratificação do acordo com o país vizinho que pôs o primeiro-ministro nesta posição.
O chefe de governo grego solicitou esta questão de confiança depois que no domingo seu aliado, Panvos Kammenos, deixou o cargo de ministro da Defesa e rompeu a coalizão que governou a Grécia desde janeiro de 2015 pelas desavenças sobre a nova denominação da República da Macedônia.
"Minha consciência e meu dever patriótico me obrigaram a aproveitar esta oportunidade histórica para resolver um problema que durou décadas, sabendo que teria consequências e prejuízos políticos", afirmou Tsipras, que acrescentou que apesar das suas diferenças, respeita Kammenos por sua coerência com suas ideias.
Além disso, Tsipras lembrou que dentro de dez dias completam-se quatro anos da sua entrada no governo à frente do partido de esquerda Syriza, uma legenda alternativa sem experiência no poder que revolucionou o panorama político.
"Os que tinham experiência fracassaram e nós, que não a tínhamos, conseguimos levar o país adiante protegendo os que mais sofreram", destacou.
O primeiro-ministro que sobreviveu aos resgates procura hoje o apoio de 151 deputados para finalizar seu mandato e é provável que os consiga, pois, além dos 145 do Syriza, outros seis anunciaram que apoiarão o governo, alguns dos quais foram expulsos dos seus partidos por conta disso.
"Eu assumo a minha responsabilidade e por isso peço a confiança do Parlamento e, se for necessário, do povo. Peço a todos que decidam de acordo com sua consciência se este governo deve continuar governando. A democracia não será ameaçada nem chantageada. A democracia vencerá", concluiu. EFE
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