Comissão Europeia ressalta que não renegociará acordo do Brexit
Bruxelas, 16 jan (EFE).- A Comissão Europeia ressaltou nesta quarta-feira que o acordo sobre a saída do Reino Unido da União Europeia (UE) não será renegociado, depois que o parlamento britânico o rejeitou ontem em uma votação.
"O Conselho Europeu (os chefes de Estado e de governo) na sua formação do artigo 50 disse em dezembro que o acordo de retirada, e repito, o acordo de retirada, estipulado pelos 27 e o Reino Unido, não está aberto para uma renegociação", declarou na entrevista coletiva diária da instituição o porta-voz do Executivo comunitário, Margaritis Schinas.
Perguntado pela insinuação do negociador comunitário, Michel Barnier, que hoje na Eurocâmara sugeriu a possibilidade de renegociar a declaração política sobre a futura relação entre a UE e o Reino Unido, o porta-voz da Comissão se negou a comentar as declarações de políticos realizadas durante as últimas horas.
Nesta quarta-feira, diante do plenário do Parlamento Europeu, Barnier lembrou que o Conselho Europeu "sempre disse que se o Reino Unido decidir mudar suas linhas vermelhas no futuro, e se tomar a decisão de ser mais ambicioso e ir além de um simples acordo de livre-comércio, a UE então estará pronta imediatamente para seguir junto com esse desenvolvimento e dar uma resposta favorável".
Em qualquer caso, Schinas assegurou que as palavras de Barnier não são diferentes das suas e acrescentou que a Comissão "sempre está preparada para se reunir e falar", mas em seguida frisou que os chefes de Estado e de governo rejeitaram uma renegociação do pacto de saída em dezembro.
Nesse sentido, o porta-voz da Comissão insistiu que neste momento "não há nada mais que a UE possa fazer" e acrescentou que está esperando notícias do Reino Unido sobre "os próximos passos previstos".
O porta-voz também lembrou as declarações do presidente do Executivo comunitário, Jean-Claude Juncker, nesta terça-feira, nas quais alertava que a rejeição ao acordo do Brexit na Câmara dos Comuns aumenta o risco de uma saída sem pacto do Reino Unido do bloco europeu.
"O risco de uma retirada desordenada do Reino Unido aumentou com a votação desta noite. Apesar de não querermos que isso ocorra, a Comissão Europeia seguirá com seu trabalho de contingência para ajudar a assegurar que a UE esteja totalmente preparada", afirmou Juncker em comunicado. EFE
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