Corbyn pede renúncia de May em debate após Parlamento vetar Brexit

Londres, 16 jan (EFE).- O líder do Partido Trabalhista, Jeremy Corbyn, abriu nesta quarta-feira (16) o debate da moção de censura que apresentou na noite de terça-feira (15) ao governo britânico pedindo a renúncia da primeira-ministra, a conservadora Theresa May.
O chefe da legenda que lidera a oposição no Reino Unido lembrou à primeira-ministra que seu Executivo experimentou ontem a "pior derrota" de um governo na "história da democracia" britânica.
Corbyn se referiu assim à rejeição, por 432 votos contra e 202 a favor, ao acordo do Brexit selado entre Londres e a União Europeia (UE) em Westminster e que motivou a moção de censura que será votada nesta quarta pela Câmara dos Comuns às 19h (horário local, 17h de Brasília).
O político esquerdista afirmou que a governante conservadora perdeu tanto "a confiança" do Parlamento no seu conjunto como dos seus aliados de governo, o norte-irlandês Partido Democrático Unionista (DUP), cujos dez deputados permitem a May governar em minoria.
Estes parlamentares votaram ontem contra o tratado de May, mas já anteciparam que apoiarão o governo conservador na moção de censura desta quarta-feira.
"O governo não pode governar e não pode conseguir o apoio do parlamento no assunto mais importante que nosso país enfrenta", considerou Corbyn, que garantiu que qualquer outro primeiro-ministro na situação de May teria apresentado sua renúncia e convocado eleições gerais.
Para o líder opositor, o povo britânico "deve poder decidir quais são os seus deputados, o seu governo e quem deve lidar com o Brexit".
No entanto, a primeira-ministra respondeu a Corbyn que eleições gerais seriam "a pior coisa" que poderia ocorrer neste momento no Reino Unido.
"Afundariam na divisão quando necessitamos de unidade, trariam o caos quando necessitamos de certeza e nos atrasariam quando necessitamos seguir adiante", destacou May.
A chefe de governo lembrou que o Parlamento aceitou a consulta do Brexit, acatou o resultado e convocou o artigo 50 do Tratado de Lisboa, pelo qual se deu início aos dois anos de negociações com a UE, e agora deve "terminar o trabalho".
"É o que esperam os cidadãos", afirmou May, ao mesmo tempo em que reiterou sua rejeição a novos pleitos que obrigariam a estender o artigo 50 do Tratado de Lisboa, o que atrasaria o Brexit "até quem sabe quando", concluiu.
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