Técnicos cavam 2 túneis para chegar até menino preso em poço na Espanha
Málaga (Espanha), 16 jan (EFE).- Os trabalhos do resgate de Julen, o menino de dois anos que caiu em um poço no último domingo na cidade de Totalán (sul da Espanha), se concentraram nesta quinta-feira na abertura dos dois túneis que permitam chegar à área onde acredita-se que o menor se encontra.
Os técnicos que participam do resgate descartaram continuar com a sucção do material sólido do poço, de 25 quilômetros de largura e 110 metros de comprimento, e iniciaram a construção de uma plataforma para viabilizar os dois túneis, um paralelo e outro obliquo ao conduto.
Entre as várias empresas que colaboram na busca de Julen está a SPT (Estocolmo Precision Tools), a companhia sueca que ajudou no resgate dos 33 mineiros chilenos que ficaram presos durante 70 dias debaixo da terra em 2010, e que forneceu um geolocalizador.
Segundo indicou aos jornalistas o responsável pelo Colégio de Engenheiros de Caminhos de Málaga, Angel García, está previsto que nas próximas horas seja possível começar a cavar o túnel horizontal.
No entanto, García não quis especificar o tempo pode levar para se chegar até onde acredita-se que está o menino, a cerca 80 metros de profundidade, já que se trata de um terreno "muito complexo tanto orográfica como geologicamente"
À medida que os trabalhos se desenvolvem, as equipes técnicas vão encontrando dificuldades são resolvidas na hora, explicou o porta-voz da Guarda Civil, Bernardo Moltó.
Fontes ligadas às equipes de busca informaram hoje à Agência Efe que os serviços de resgate encontraram cabelo de Julen entre o material sólido extraído do conduto, que passou por exame de DNA.
Isto representa a primeira evidência científica de que o menor está lá, segundo indicou o diretor da Guarda Civil, Félix Azón, à imprensa.
O pai de Julen, José Roselló, disse hoje que, embora estejam abalados pela situação, ele e sua mulher têm a "esperança" de que contam com "um anjo" que vai ajudar para que seu filho "saia vivo".
Roselló afirmou que tanto ele como a sua esposa, Victoria - que perderam seu outro filho, Oliver, em 2017, quando Julen era um bebê - estão "mortos" devido à espera por notícias depois de três dias de busca que parecem "meses", embora lhes dá força saber que vão encontrá-lo "com vida".
Enquanto isso, hoje também se soube que os responsáveis por abrir o conduto para a prospecção de água no qual caiu a criança não tinham solicitado as autorizações necessárias, já que para o governo regional da Andaluzia não consta nenhum registro de tal atividade.
Por sua vez, Antonio Sánchez, o empresário que fez o poço, disse à Efe que o buraco foi fechado, mas que alguém "o modificou depois". EFE
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