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Bolsonaro recebe presidente do Supremo da Venezuela no exílio

17/01/2019 18h54

Brasília, 17 jan (EFE).- O presidente Jair Bolsonaro recebeu nesta quinta-feira o presidente do Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela (TSJ) no exílio, Miguel Ángel Martin, que participa em Brasília de uma reunião de opositores do governo de Nicolás Maduro com delegados do Grupo de Lima e representantes dos Estados Unidos.

Martin chegou ao Palácio do Planalto acompanhado pelo argentino Gustavo Cinossi, assessor da Secretaria Geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), que também participou da reunião com Bolsonaro, segundo fontes ouvidas pela Agência Efe.

O encontro foi realizado em paralelo a uma reunião entre importantes líderes da oposição venezuelana em Brasília com o chanceler Ernesto Araújo, no Ministério das Relações Exteriores. Também participam do encontro delegados dos países que integram o Grupo de Lima e funcionários da embaixada dos EUA na capital.

Antes de ir ao Planalto com Araújo, Martin estava no Itamaraty acompanhado do ex-prefeito de Caracas Antonio Ledezma, do ex-presidente da Assembleia Nacional Julio Borges e de Carlos Vecchio, um dos líderes do Partido Vontade Popular (VP).

O Grupo de Lima, integrado por 14 países do continente americano, entre eles o Brasil, aprovou uma declaração no qual não reconhece a legitimidade de Maduro como presidente da Venezuela. Apenas o México se recusou a assinar o documento divulgado pelo bloco.

A Assembleia Nacional da Venezuela fez o mesmo na última terça-feira. Grande parte dos líderes da oposição propôs que o atual presidente do parlamento, Juan Guaidó, seja designado para liderar um governo de transição no país.

O próprio Ledezma reafirmou esse posicionamento em mensagem divulgada nas redes sociais ontem.

"Esta é a hora da ressureição do bravo povo venezuelano. Não deve haver marcha ré", escreveu o ex-prefeito de Caracas. "Devemos deixar claro que Juan Guaidó é o presidente constitucional da Venezuela e ponto", completou Ledezma na mensagem.

"Todos devemos apoiá-lo e ajudá-lo a consolidar a transição", afirmou. EFE