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Canadense é sequestrado após ataque a mina de ouro em Burkina Faso

17/01/2019 07h59

Ouagadogou, 17 jan (EFE).- O Governo de Burkina Faso confirmou que um cidadão canadense foi sequestrado na terça-feira após o ataque à exploração mineira na qual trabalhava, informaram veículos de imprensa locais.

Trata-se de Kirk Woodman, um trabalhador da empresa Progress Minerals, que tem sede em Vancouver (Canadá) e desenvolve projetos mineradores na África Ocidental, e que trabalha na exploração de ouro nesta zona há 5 anos, segundo a informação de "Rádio Ômega".

Esta exploração mineira, situada em Tiabongou, na região do Sahel, foi atacada por "uma dezena de indivíduos armados, provavelmente terroristas", segundo a informação proporcionada pelo ministro de Segurança, Clément Sawadogo.

Este sequestro acontece apenas um mês depois do desaparecimento de dois turistas no país: Édith Blais, uma canadense procedente da cidade de Sherbrooke, e seu companheiro, de nacionalidade italiana, Luca Tacchetto.

Nenhum destes dois turistas foram oficialmente confirmados como sequestrados, mas segundo veículos de imprensa locais e canadenses, que citam a família, estão desaparecidos desde 15 de dezembro.

No final de setembro, outras três pessoas - um indiano, um sul-africano e um burquinês -, que trabalhavam para a companhia Belahourou também foram sequestrados em outra mina de ouro em Inata, na mesma província do norte, Soum.

Burkina Faso, um dos países que compõem o G5 do Sahel (Mali, Mauritânia, Burkina Faso, Níger e Chade), grupo que combate os jihadistas na região, foi vítima de frequentes ataques terroristas nos últimos anos e, segundo números do Governo, mais de 70 pessoas morreram nesse país por atentados desde 2015. EFE