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Canadense sequestrado em Burkina Faso é encontrado morto

17/01/2019 12h54

Ouagadougou, 17 jan (EFE).- O cidadão canadense sequestrado na terça-feira passada no norte de Burkina Faso, após um ataque à exploração mineradora na qual trabalhava, foi encontrado morto, informaram nesta quinta-feira meios de comunicação locais.

O corpo foi achado em Oudalan, uma província vizinha à região onde foi sequestrado, em um necrotério do hospital de Dori, segundo confirmou a emissora de rádio "Omega", que cita fontes de segurança local.

Trata-se de Kirk Woodman, um funcionário da empresa Progress Minerals, que tem sede em Vancouver, no Canadá, e desenvolve projetos de mineração na África Ocidental, e que trabalha a exploração de ouro nesta área há cinco anos.

Esta exploração mineradora, situada em Tiaboungou, na região do Sahel, foi atacada por "uma dezena de indivíduos armados, provavelmente terroristas", segundo a informação proporcionada pelo ministro de Segurança burquinense, Clément Sawadogo.

Este sequestro aconteceu menos de um mês depois do desaparecimento de dois turistas no país: Édith Blais, uma canadense procedente da cidade de Sherbrooke; e seu marido, de nacionalidade italiana, Luca Tacchetto.

Nenhum destes dois turistas foram oficialmente confirmados como sequestrados, mas segundo meios de comunicação locais e canadenses, que citam fontes da família, estão desaparecidos desde 15 de dezembro.

No final de setembro, outras três pessoas - um indiano, um sul-africano e um burquinense -, que trabalhavam para a companhia mineradora Belahourou, também foram sequestrados em outra mina de ouro em Inata, na mesma província do norte, Soum.

Burkina Faso, um dos países que compõem o G5 do Sahel (com Mali, Mauritânia, Níger e Chade), grupo que combate os jihadistas na região, foi vítima de frequentes ataques terroristas nos últimos anos e, segundo números do governo, mais de 70 pessoas morreram nesse país em atentados desde 2015. EFE