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Ex-chefe de segurança de Macron é detido por falsificação de documentos

17/01/2019 13h54

Paris, 17 jan (EFE).- Alexandre Benalla, que foi um dos colaboradores mais próximos do presidente francês, Emmanuel Macron, até ser revelado que bateu em manifestantes, foi detido nesta quinta-feira após a descoberta que ele utilizou um passaporte supostamente obtido com um documento falso.

Segundo confirmou a Procuradoria de Paris, Benalla está sendo interrogado um dia após o chefe de gabinete do presidente, Patrick Strzoda, expressar suspeitas de que falsificou um documento para obter o passaporte.

Essas acusações levaram a Procuradoria, que já o investigava por suspeitas de outros crimes, a analisar também a questão da falsificação.

Strzoda garantiu na quarta-feira, diante da comissão de investigação aberta no Senado, que Benalla usou quatro passaportes para viajar cerca de 20 vezes entre 1º de agosto e 31 de dezembro do ano passado, quando já tinha sido desempossado das funções de segurança do presidente.

Ele acrescentou que Benalla foi indagado para devolver esses passaportes, mas não os devolveu. Diante dessa mesma comissão de investigação, Benalla tinha afirmado que os documentos tinham permanecido no seu escritório, o que Strzoda negou.

Em meio às perguntas dos senadores sobre por que Benalla tinha quatro passaportes, o diretor do gabinete do presidente disse que suspeitava que um deles foi conseguido graças ao uso de um documento falsificado.

Também compareceu à comissão o ministro das Relações Exteriores da França, Jean-Yves Le Drian, que confirmou que Benalla viajou para o Chade, onde, segundo o jornal "Le Monde", busca assinar contratos no âmbito da segurança privada. EFE