Guru indiano é condenado à prisão perpétua por assassinato de jornalista
Nova Délhi, 17 jan (EFE).- O popular guru indiano Gurmeet Ram Rahim Singh, que afirma contar com milhões de seguidores no país e está preso pelo estupro duas adeptas, foi condenado nesta quinta-feira à prisão perpétua junto com outras três pessoas pelo assassinato de um jornalista em 2002.
"Gurmeet Ram Rahim Singh e outros três foram condenados à prisão perpétua e a pagar uma multa de 50 mil rupias cada um (cerca de 600 euros)", disse à Agência Efe o advogado H.P.S. Verma, conselheiro do tribunal especial de Panchkula, uma cidade do estado de Haryana, que revelou nesta quinta-feira a sentença contra os acusados após tê-los declarado culpados na sexta-feira passada.
Segundo a fonte, a defesa de Singh anunciou que recorrerá da sentença a uma instância superior.
O guru, que foi condenado em 2017 a 20 anos de prisão pelo estupro de duas discípulas, deverá agora cumprir sentença pelo assassinato do jornalista Ram Chander Chhatrapati em 2002.
Chhatrapati foi baleado em outubro de 2002 após ter publicado no jornal "Poora Sacha" (Toda a verdade, em híndi) casos de abusos sexuais do guru, líder da organização religiosa Dera Sacha Sauda (DSS, Lugar da Verdade Real).
O filho do jornalista assassinado, Anshul Chhatrapati, afirmou hoje na saída do tribunal se sentir "aliviado" pela sentença, que qualificou de "vitória da verdade".
"A promotoria tinha pedido uma sentença de pena de morte, mas estamos satisfeitos com o castigo", disse diante dos veículos de imprensa.
Tanto a cidade de Panchkula como partes dos estados de Haryana e Punjab amanheceram hoje com um forte dispositivo policial, similar ao de sexta-feira passada quando o tribunal declarou o guru culpado, para evitar a repetição dos graves distúrbios vividos depois da condenação de 2017.
Nesse ano, os seguidores protagonizaram enfrentamentos com as forças de segurança que deixaram 38 mortos no norte do país, 250 feridos e quase mil detidos.
Às penas por violação e assassinato, o controverso guru soma a acusação de ter castrado 400 seguidores, um caso que segue pendente na justiça. EFE
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