Papa lança dois novos documentos sobre migrantes e refugiados

Cidade do Vaticano, 17 jan (EFE).- O Vaticano lançou nesta quinta-feira dois documentos que aprofundam temas cada vez mais atuais e centrais no pontificado do papa Francisco: os movimentos migratórios e o tráfico de pessoas.

No texto introdutório, ele defende que os movimentos migratórios enriquecem as sociedades, embora gerem desafios e sofrimentos, e lembra que a história humana é marcada por exílios e êxodos.

"Orientações pastorais sobre o Tráfico de Pessoas" é resultado um processo de consulta junto às Conferências Episcopais, organizações católicas e congregações religiosas e traz recomendações para compreender, reconhecer, prevenir e vencer o tráfico de seres humanos, proteger as vítimas e promover a reabilitação dos sobreviventes.

Já "Luzes nos Caminhos da Esperança - Ensinamentos do Papa Francisco sobre migrantes, refugiados e tráfico" reúne ensinamentos do pontífice de 2013 até o fim de 2017 e tem como suplemento uma versão eletrônica com um programa de busca atualizado a cada semestre para a incorporação de novas ponderações.

Em um dos trechos dos documentos o papa cita a viagem de Abraão e Sara "com a esperança de encontrar uma vida melhor para eles mesmos e suas famílias" e acrescenta que "esse é o desejo profundo que movimentou a milhões de imigrantes durante os séculos".

"Também atualmente os movimentos humanos, embora gerando desafios e sofrimentos, estão enriquecendo as nossas comunidades, as igrejas locais e as sociedades de qualquer continente", afirmou.

O objetivo do papa é que os documentos e textos possam "iluminar" os países no caminho da esperança, "dando apontamentos de inspiração para a oração, a pregação e a ação pastoral".

O material publicado pela Seção de Migrantes e Refugiados, presidida diretamente pelo papa e vinculada ao Dicastério para o Desenvolvimento Integral do Vaticano, reflete como a imigração se tornou um importante ponto no pontificado de Francisco, já que são reunidos mais de 450 discursos ou referências em audiências e mensagens nos quais ele se referiu ao tema. EFE