Mesmo absolvido, TPI decide que Laurent Gbagbo permanecerá preso
Haia, 18 jan (EFE).- Uma sala de apelações do Tribunal Penal Internacional (TPI) deu nesta sexta-feira razão à Promotoria e ordenou manter o ex-presidente da Costa do Marfim, Laurent Gbagbo, e seu ex-ministro de Juventude, Charles Blé Goudé, presos, apesar da retirada de acusações na terça-feira passada sobre crimes de contra a humanidade.
Um painel de cinco juízes convocou os advogados de ambos os ex-líderes e a Promotoria para uma Audiência que será realizada em 1 de fevereiro, disse à Agência Efe uma fonte do tribunal.
A promotora-chefe, Fatou Bensouda, tinha advertido sobre uma "situação irreversível" porque existia a possibilidade de, uma vez libertados, os ex-líderes não voltassem à Haia para o eventual recurso.
Por isso, tanto Bensouda como os representantes das vítimas pediram de forma urgente a uma sala de apelações que mantenha os ex-líderes presos, depois que a mesma sala que retirou as acusações ordenou a libertação de ambos.
As normas do tribunal reconhecem que podem existir "circunstâncias excepcionais" pelas quais "a continuação da detenção de uma pessoa absolvida esteja justificada", disseram os magistrados na decisão, tomada por uma maioria de três votos contra dois.
A audiência que será realizada em 1 de fevereiro não tratará o assunto a fundo, mas somente a possibilidade de dar liberdade a Gbagbo e Blé Goudé, como pedem as defesas, ou mantê-los na prisão até a apelação do caso. EFE
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