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Merkel diz que novo tratado franco-alemão é "necessário" para impulsionar UE

19/01/2019 09h51

Berlim, 19 jan (EFE).- A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, qualificou neste sábado o novo tratado franco-alemão que será assinado em conjunto com o presidente da França, Emmanuel Macron, na próxima terça-feira, de "necessário" para dar um novo impulso à União Europeia (UE).

"Trabalhamos na Europa, queremos dar um novo impulso à unidade europeia", afirmou Merkel em sua mensagem de vídeo semanal aos alemães difundida neste sábado e que nesta ocasião teve seu foco no chamado Tratado de Aachen, que ela e Macron assinarão formalmente nesta cidade alemã.

O documento pretende renovar o Tratado do Eliseu, que fundamenta as relações bilaterais franco-alemãs, assinado o 22 de janeiro de 1963 entre o então chanceler Konrad Adenauer e o presidente francês Charles De Gaulle para marcar a reconciliação entre os dois países após a Segunda Guerra Mundial.

Aquele primeiro tratado foi o alicerce "dos vínculos de amizade" entre os dois países, segundo Merkel, pois a chanceler lembrou que tal relação na época não podia "ser dada como garantida", já que se tratavam de dois países que "estiveram em guerra durante séculos".

"O mundo mudou e precisamos de um novo tratado que consolide os fundamentos do (Tratado) do Eliseu", afirmou Merkel, para acrescentar que o novo documento bilateral será "complementado" por uma lista de projetos comuns destinados a mostrar que a Alemanha e a França seguem "impulsionando a Europa conjuntamente".

França e Alemanha são aliados sólidos, tanto em escala bilateral como multilateral, lembrou a chanceler, para quem tal relação é necessária para fazer frente aos desafios "globais" atuais, tanto no âmbito econômico, como no político e cultural.

A assinatura do novo tratado vai acontecer na próxima terça-feira na sala de coroação da prefeitura de Aachen, cidade localizada próxima das fronteiras com Holanda e Bélgica.

O seu propósito é renovar os acordos bilaterais em matéria de segurança, cooperação econômica, pesquisa e tecnologia e também incluirá questões de política externa, educação, cultura, mudança climática, meio ambiente e sociedade civil. EFE