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Naufrágio deixa 3 migrantes mortos e 20 desaparecidos no Mar Mediterrâneo

19/01/2019 08h02

Roma, 19 jan (EFE).- Pelo menos três migrantes morreram, cerca de 20 desapareceram e outros três foram resgatados com sintomas de hipotermia severa pela marinha militar da Itália, após um naufrágio a 50 milhas do litoral da Líbia.

A marinha italiana informou na madrugada deste sábado que um de seus aviões avistou ontem uma barcaça em péssimas condições com aproximadamente 25 pessoas a bordo e lançou dois botes salva-vidas infláveis.

Em seguida, foi enviado o contratorpedeiro "Caio Duilio", que estava a aproximadamente 110 milhas da região, e um helicóptero, que, assim que chegou ao local, conseguiu salvar três migrantes, dois dos quais tinham conseguido alcançar um dos botes infláveis, enquanto o terceiro foi resgatado no mar.

Os três náufragos, com hipotermia severa, foram levados à embarcação da marinha italiana para receber os primeiros atendimentos e, em seguida, transferidos em helicóptero para a ilha de Lampedusa.

Esta é a primeira operação de salvamento reportada pela marinha italiana em muito tempo, depois da política anti-imigração aplicada pelo governo italiano.

Os socorristas também encontraram três corpos sem vida, enquanto outros 20 migrantes que estavam a bordo da barcaça estão desaparecidos.

A marinha explicou que os trabalhos de busca dos desaparecidos agora são de responsabilidade da Líbia, que enviou à região um navio mercantil com bandeira da Libéria, que, por enquanto, não apresentou nenhuma informação sobre algum avistamento.

A ONG alemã Sea Watch já tinha noticiado nesta sexta-feira, através das suas redes sociais, o afundamento da barcaça com aproximadamente 25 pessoas a bordo.

A ONG informou que estava enviando um de seus navios, o Sea Watch 3, à região, mas que o mesmo levaria 10 horas de navegação para chegar ao local do naufrágio.

A Sea Watch denunciou a não existência de "um programa europeu de salvamento no Mediterrâneo" e que o navio da ONG espanhola Open Arms está bloqueado na Espanha pelas autoridades, enquanto a embarcação humanitária Sea Eye se encontra em busca de um porto para realizar a transferência de tripulação.

"Não podemos cobrir o Mediterrâneo central sozinhos", denunciou a ONG alemã. EFE