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Trump vê "progresso tremendo" em diálogo com a Coreia do Norte

19/01/2019 16h20

Washington, 19 jan (EFE).- O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, garantiu neste sábado que houve "um progresso tremendo" nas negociações com a Coreia do Norte, principalmente na questão da desnuclearização do país asiático.

"Fizemos muitos avanços que a imprensa não informou. Fizemos muitos avanços no que diz respeito à desnuclearização e falamos de muitas coisas diferentes. Mas temos um progresso tremendo sobre o qual não foi informado, infelizmente", comentou.

Trump fez essas declarações aos jornalistas antes de partir para Dover (Delaware, EUA) para se reunir com as famílias dos quatro soldados americanos que morreram nesta semana em um atentado jihadista na Síria.

O governante se reuniu ontem em Washington com o responsável da Inteligência norte-coreana, Kim Yong-chol, um dos principais negociadores da Coreia do Norte, que durante a visita também se encontrou com o secretário de Estado americano, Mike Pompeo.

Após o encontro, a porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, anunciou que Trump e o líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, esperam realizar uma segunda cúpula no final de fevereiro, após a que fizeram em junho do ano passado (a primeira da história entre os chefes de Estado de ambos os países), sem detalhar o local.

O presidente dos EUA classificou como "muito boa" a reunião de ontem com o representante da Inteligência norte-coreana, e acrescentou que foi escolhido o país que receberá a próxima cúpula, mas que isso será anunciado futuramente.

"Kim Jong-un deseja muito (a cúpula), e eu também", disse.

O diálogo entre EUA e Coreia do Norte quase não mostrou avanços desde a histórica cúpula de Singapura, na qual os dois chefes de Estado decidiram trabalhar para a desnuclearização de Pyongyang. Em troca, ficou combinado que Washington garantiria a sua sobrevivência.

Desde então, as autoridades norte-coreanas pediram aos EUA a suspensão de sanções e a assinatura de um tratado de paz entre as duas Coreias antes de fazer qualquer concessão, incluindo o desmantelamento do seu arsenal nuclear, que considera um elemento dissuasivo para garantir a sua existência como país.

Enquanto isso, o governo americano insistiu na necessidade de uma desnuclearização "completa, verificável e irreversível" da Coreia do Norte, e está há meses tentando que Pyongyang estabeleça prazos para o desarmamento e permita a presença de observadores internacionais. EFE