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Ataque contra governador afegão deixa ao menos 9 mortos e 15 feridos

20/01/2019 10h31

Cabul, 20 jan (EFE).- Pelo menos 9 pessoas morreram e outras 15 ficaram feridas, entre elas vários civis, em um ataque suicida ocorrido neste domingo contra o comboio do governador da província de Logar, no leste do Afeganistão.

O ataque aconteceu por volta das 10h30 locais (4h em Brasília), quando um talibã suicida fez detonar um veículo lotado de explosivos perto do comboio que escoltava o governador de Logar, Anwar Eshaqzai, afirmou à Agência Efe um porta-voz da polícia local, Shapoor Ahmadzai.

Segundo a fonte, no comboio também estava o chefe local da principal agência de inteligência afegã, o Diretório Nacional de Segurança (NDS, na sigla em inglês), Amir Khan Nasiri.

"Por sorte, o governador e o chefe de inteligência não ficaram feridos no ataque, mas vários guarda-costas e civis que estavam no local morreram ou ficaram feridos", disse Ahmadzai.

O chefe do Conselho Provincial de Logar e testemunha ocular do ataque, Hasibullah Stanekzai, afirmou que "aconteceu uma forte explosão que destruiu vários veículos". "Neste ataque, oito pessoas, incluindo dois civis, morreram e outras 15 ficaram feridas", acrescentou.

"As agências de segurança estão investigando o ataque para obter mais detalhes e a área foi fechada ao trânsito", disse à Efe o porta-voz do governador provincial, Khalid Safi.

O porta-voz dos talibãs, Zabihullah Mujahid, reivindicou em comunicado a responsabilidade pelo ataque, realizado "com um veículo cheio de explosivos".

Logar, fronteiriça com Cabul, é uma província importante para os talibãs, na qual estão muito ativos e que serve de base para enviar seus combatentes para outras regiões, além de ser uma via-chave para cometer atentados na capital.

Desde o fim da missão de combate da Otan em janeiro de 2015, o governo afegão vem perdendo terreno para os talibãs e controla apenas 56% do país, segundo dados do Inspetor Geral Especial para a Reconstrução do Afeganistão (Sigar, na sigla em inglês) do Congresso dos Estados Unidos. EFE